A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 34 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. A denúncia é baseada em um relatório da Polícia Federal (PF) que inicialmente continha cerca de 40 nomes. O julgamento de Bolsonaro deve ocorrer em 2025, segundo informações de ministros do STF.
A Procuradoria-Geral da República ( PGR ) anunciou, na noite de terça-feira (18), a denúncia de 34 pessoas envolvidas em uma tentativa de golpe de Estado em 2022, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A denúncia, baseada em um relatório da Polícia Federal (PF) elaborado em novembro de 2024, inicialmente continha cerca de 40 nomes.
De acordo com a PGR, 11 pessoas mencionadas no relatório da PF não foram incluídas na denúncia, como Valdemar Costa Neto e José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da diocese de Osasco. A lista da denúncia também inclui quatro novos membros alinhados com a trama golpista, como Silvinei Vasques.O relatório da PF foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ministro relator Alexandre de Moraes o encaminhou para análise da PGR, que avaliou a presença de elementos que indicassem a participação de cada indivíduo nos atos.Segundo informações do blog da Andréia Sadi, ministros do STF afirmam que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado deve ocorrer ainda em 2025. O objetivo é evitar interferências no processo eleitoral. Para os membros do STF, não há dúvidas sobre o papel central de Bolsonaro na trama golpista. A denúncia aponta que Bolsonaro editou a versão final de um decreto golpista, pressionou militares para aderirem à trama e até mesmo sabia e concordou com um plano para matar o presidente Lula (PT). Caso a denúncia seja aceita pelo STF, Bolsonaro se tornará réu e responderá a um processo penal no Supremo.Bolsonaro foi denunciado por diversos crimes, entre eles: ... A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro emitiu uma nota em resposta à denúncia, afirmando que o Presidente sempre defendeu o Estado Democrático de Direito e que não compactuou com qualquer movimento contrário às instituições. A defesa alega que, apesar de quase dois anos de investigações e diligências, nenhum elemento que conectasse Bolsonaro à narrativa da denúncia foi encontrado. A defesa também critica a denúncia por atribuir participação em planos contraditórios e baseá-la em uma única delação premiada, frequentemente alterada, por um delator que questiona sua própria voluntariedade. A defesa afirma que confia na Justiça e acredita que a denúncia será desprovida de mérito por sua precariedade, incoerência e falta de fatos verídicos
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