A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 34 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A denúncia foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e detalha a participação dos acusados em um esquema para desestabilizar o governo democrático brasileiro.
A Procuradoria-Geral da República ( PGR ) apresentou uma denúncia nesta terça-feira (18), contra 34 pessoas envolvidas no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Entre os denunciados estão figuras proeminentes como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto. Todos foram denunciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A denúncia foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns dos denunciados já haviam sido presos e indiciados anteriormente pela Polícia Federal por sua participação na confecção da minuta golpista, nos ataques de 8 de janeiro aos Três Poderes e pela divulgação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral. A lista de denunciados inclui diversos envolvidos em cargos políticos e militares, como Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022 e major reformado do Exército; Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército; Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do GSI; Carlos Rocha, engenheiro e dono do Instituto Voto Legal; Cleverson Ney, coronel da reserva; Estevam Theophilo, general e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres; Fabrício Moreira de Bastos, bacharel em Ciências Militares e coronel; Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal; e Filipe Martins, ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro.Cada um desses indivíduos foi acusado de desempenhar um papel na tentativa de desestabilizar o governo democrático brasileiro e impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. A denúncia detalha as ações e o envolvimento de cada pessoa nos supostos planos golpistas, incluindo a produção da “minuta do golpe” e a organização de movimentos para incitar a violência e o caos. A investigação da PGR e da Polícia Federal tem como objetivo elucidar os fatos e responsabilizar os acusados por suas ações, garantindo a justiça e a integridade do processo democrático brasileiro
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