A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 32 pessoas por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A denúncia se baseia em uma cronologia que inclui informações do relatório da Polícia Federal (PF) e eventos políticos de 1º de novembro de 2022 a 9 de janeiro de 2023.
O Supremo Tribunal Federal (STF), monitoramento de rotas e uso de recursos bélicos para montar um plano golpista após as eleições de 2022 são alguns dos elementos usados na denúncia da Procuradoria-Geral da República ( PGR ) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesta terça-feira (18), a PGR denunciou Bolsonaro , o general Braga Netto (que foi candidato a vice na sua chapa em 2022) e mais 32 por tentativa de golpe.
A denúncia produziu uma cronologia cruzando informações do relatório da Polícia Federal (PF) com fatos políticos de 1º de novembro de 2022 a 9 de janeiro de 2023, um dia após os ataques do 8 de Janeiro. O presidente da República e candidato derrotado à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), faz pronunciamento 44 horas após o resultado das urnas ao lado de apoiadores, dentro do Palácio da Alvorada. Bolsonaro classificou os atos golpistas como 'movimentos populares'. A única crítica que fez contra as manifestações foi em relação ao 'direito de ir e vir' que, segundo ele, deveria ser preservado, já que os apoiadores vinham interditando dezenas de estradas pelo país. O silêncio do então presidente serviu de munição para a continuidade dos bloqueios. Em grupos de mensagens, os bolsonaristas defendiam a continuidade dos atos, afirmando que 'não é para ninguém desistir'. A PF revelou que o general Mario Fernandes, que era secretário-executivo do ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) no governo de Jair Bolsonaro (PL), produziu um documento com o plano 'Punhal verde amarelo' que continha detalhes do monitoramento feito sobre Alexandre de Moraes e uma espécie de passo a passo para executar o plano golpista. O plano também previa a prisão de Lula, Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes. Segundo a PF, Fernandes imprimiu o documento no Palácio do Planalto e o levou o material até o Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro morava.
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