O Ministério da Fazenda brasileiro avalia que as tarifas de importação anunciadas pelo presidente Donald Trump sobre ferro, aço e alumínio, que também afetam as vendas desses produtos do Brasil para os Estados Unidos, devem ter um impacto limitado nas exportações brasileiras. Embora representando uma pequena parcela das vendas externas brasileiras, as tarifas podem ter impactos relevantes na indústria de metalurgia. O governo também pondera os riscos de políticas protecionistas para o cenário econômico global, especialmente considerando o potencial de valorização do dólar.
As tarifas de importação anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , sobre ferro, aço e alumínio, que também afetam as vendas desses produtos do Brasil para o país, devem ter um impacto limitado nas exportações brasileiras, segundo o Ministério da Fazenda. Estes itens representam uma pequena parcela do total das vendas externas brasileiras.
\Em 2024, as exportações brasileiras de produtos de ferro, aço e alumínio para os Estados Unidos corresponderam a apenas 1,9% do valor total exportado pelo Brasil. No entanto, esses produtos representavam cerca de 40,8% do valor total de ferro, aço e alumínio exportado pelo Brasil. O Ministério da Fazenda, em seu relatório com projeções econômicas para 2025, divulgado nesta quinta-feira 13, afirma que as tarifas de 25% sobre importações desses produtos devem ter impactos relevantes na indústria de metalurgia, mas limitados no total das exportações e no PIB brasileiro.\O Ministério da Fazenda pondera, porém, que as políticas protecionistas de Donald Trump podem ter um impacto mais amplo sobre a economia global, principalmente através da valorização do dólar. A depender de como se desenrolam, essas políticas podem afetar a inflação e as taxas de juros dos Estados Unidos, que influenciam também as taxas dos demais países. O governo brasileiro ressalta que a adoção de práticas protecionistas pelos Estados Unidos traz riscos para o cenário de atividade global resiliente e para o processo de desinflação. A imposição de tarifas comerciais tende a elevar a aversão global ao risco, contribuindo para o fortalecimento do dólar. Se o saldo líquido das medidas de proteção tarifária levarem à alta na curva de juros americana e à maior inflação nos Estados Unidos, a perspectiva de flexibilização monetária e resiliência do crescimento global em 2024 tende a ser prejudicada, com potencial de afetar principalmente economias emergentes. Outro canal indireto do impacto do 'tarifaço' de Donald Trump sobre o Brasil é a China, que também já sofreu as próprias sanções do novo presidente dos Estados Unidos, com uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos que vende para lá e revidou com os próprios aumentos de impostos sobre itens que importa dos EUA. A imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos tem potencial de afetar de maneira mais relevante as exportações chinesas, reduzindo a demanda do país por commodities, afirmou a Fazenda, lembrando que a China é o maior comprador do Brasil, seguida pelos Estados Unidos, em segundo lugar. Para contrabalançar o efeito de aumentos nas tarifas comerciais e estimular a demanda interna, evitando desaceleração mais significativa da atividade, a China ainda pode adotar medidas fiscais de maior impacto
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