O Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou o desenvolvimento de um plano para permitir a 'saída voluntária' dos moradores da Faixa de Gaza, seguindo a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, que gerou grande repercussão negativa. Katz afirmou que os palestinos devem ter a liberdade de emigrar e que países que criticaram Israel em Gaza, como Espanha, Irlanda e Noruega, são legalmente obrigados a recebê-los. A proposta de Trump foi criticada por diversas potências mundiais, incluindo Rússia, China e Alemanha, e rejeitada pela Arábia Saudita e pelo rei da Jordânia.
O Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou às Forças Armadas que elaborassem um plano para permitir a ' saída voluntária ' dos moradores da Faixa de Gaza , segundo a agência Reuters, com base em relatos da mídia israelense. A instrução foi dada após a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , na terça-feira (4), de que os EUA planejam assumir o controle de Gaza , reassentar os palestinos que vivem lá e transformar o território na 'Riviera do Oriente Médio'.
No dia seguinte, a Casa Branca recuou após a repercussão negativa. 'Eu apoio o ousado plano do presidente Trump, os moradores de Gaza devem ter a liberdade de sair e emigrar, como é o normal em todo o mundo', disse Katz, segundo o canal 12 de Israel. Questionado sobre quem receberia os palestinos, Katz afirmou que deveriam ser países que se opuseram às operações militares de Israel em Gaza. 'Países como Espanha, Irlanda, Noruega e outros, que fizeram acusações e falsas alegações contra Israel por suas ações em Gaza, são legalmente obrigados a permitir que qualquer residente de Gaza entre em seus territórios', declarou ele. O plano de Katz incluirá opções de saída por travessias terrestres, além de arranjos especiais para partida por mar e ar, informou o Canal 12.Leia também: Trump recebeu críticas sobre seu plano para Gaza de potências mundiais como Rússia, China e Alemanha, que afirmaram que isso geraria 'novos sofrimentos e ódios'. A Arábia Saudita rejeitou a proposta de forma categórica, e o rei da Jordânia, Abdullah, que se reunirá com Trump na Casa Branca na próxima semana, disse na quarta-feira que rejeitava qualquer tentativa de anexar terras e deslocar palestinos. No entanto, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse na quarta que a proposta de Trump era 'notável' e pediu que fosse explorada, embora não tenha sido específico sobre o que acreditava que Trump estava oferecendo. Milhares de palestinos retornam ao norte da Faixa de Gaza em 27 de janeiro de 2025. — Foto: REUTERS/Ramadan Abe
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