Embaixador especial da ONU para a Crise Humanitária no Sudão, Fletcher visita um orfanato em Kassala, no leste do Sudão, que abriga crianças deslocadas pela violência.
Mahmoud é um adolescente corajoso que exibe um sorriso amplo, apesar de ter perdido os dentes da frente em uma brincadeira infantil. Mahmoud é uma das quase cinco milhões de crianças sudanesas que perderam quase tudo ao serem deslocadas em meio à que é atualmente a pior crise humanitária do mundo. Já foi declarada em uma área do país — e muitas outras regiões estão à beira da inanição, sem saber de onde virá a próxima refeição.
Embora outros conflitos em todo o mundo dominem a ajuda e a atenção do mundo, Fletcher escolheu o Sudão para sua primeira missão de campo como forma de destacar essa situação difícil. 'Esta crise não é invisível para a ONU, para nossos trabalhadores humanitários na linha de frente, que arriscam e perdem suas vidas para ajudar o povo sudanês', disse ele à BBC, enquanto viajavamos com ele em sua viagem de uma semana. A maioria das pessoas de sua equipe que trabalha no local também são sudanesas que perderam suas casas, suas vidas antigas. A primeira visita de campo de Fletcher o levou ao orfanato Maygoma, de Mahmoud, em Kassala, no leste do Sudão, que hoje abriga cerca de 100 crianças em uma escola de três andares, em ruínas, que se tornou abrigo. Eles viviam com seus cuidadores na capital do país, Cartum, até que o exército e as RSF apontaram suas armas um para o outro em abril de 2023, o que afetou o orfanato enquanto o país era arrastado para um turbilhão de violência terrível, saques sistemáticos e abusos chocantes. Quando os combates se espalharam pelo novo abrigo dos órfãos em Wad Madani, na região central do Sudão, os sobreviventes fugiram para Kassala. Quando pedi a Mahmoud, de 13 anos, que fizesse um pedido, ele imediatamente abriu um grande sorriso de dentes largos. Para 11 milhões de sudaneses que foram levados de um refúgio a outro, retornar ao que restou de seus lares e reconstruir suas vidas seria o maior presente de todos
SUDÃO CRISE HUMANITÁRIA ORFANATO VIOLÊNCIA DESLOCAMENTOS
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