'O marinheiro que perdeu as graças do mar' é uma ótima sugestão para quem quer conhecer um dos autores japoneses mais importantes do século XX
O romance “O marinheiro que perdeu as graças do mar” parece um mecanismo de alta precisão. Como um relógio. Dividido entre o verão e o inverno, a juventude e a vida adulta, o mar e a terra, o livro de Yukio Mishima subverte essas oposições avançando de modo seguro, com um estilo contido e exato que o torna um clássico.
As duas partes do livro são dedicadas a estações: o verão, quando o casal começa a se aproximar, e o inverno. Separando-as, no centro de uma estrutura relativamente simétrica, há uma viagem ao Porto de Santos, no Brasil, a meio mundo de distância.
No Teatro Poeira: Marieta Severo, Renata Sorrah, Andrea Beltrão e Ana Baird estreiam peça que celebra a arte 'sufocada no Brasil' Sutileza descreve bem uma das maiores qualidades deste livro enxuto. Basta observar como Mishima espalha pistas que conectam esse drama amoroso-familiar a um contexto mais amplo. A casa de Fusako e Noboru fora confiscada pelas tropas americanas — possível explicação do buraco na parede. Abundam nomes em inglês na loja de Fusako e nos prédios da cidade. O terreno onde se passa o clímax do livro, no último capítulo, era uma base do Exército dos EUA.
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