Embora as empresas estejam falando mais sobre o assunto, muitos trabalhadores dizem que o 'preconceito velado' ainda atrapalha o crescimento profissional g1 mêsdoorgulho LGBTQIA
Entre os membros da comunidade LGBTQIA+ entrevistados por pesquisa, 57,6% afirmam que as iniciativas de diversidade e inclusão lhes parecem apenas “discurso de marketing” — Foto: Letícia Paris/g1
“A decisão foi muito tranquila para a nossa liderança. Promover um ambiente diverso e inclusivo é um dos nossos princípios e está conectado com um processo de transformação de cultura da empresa. Foi a mesma ação que tomaríamos no dia a dia”, afirma Carla Fabiana Daniel, líder global de Diversidade e Inclusão da Gerdau.
E pior: quase 95% acreditam que exista “preconceitos velados” dentro da empresa que atuam como barreiras para o crescimento profissional. Ou seja: não só as políticas afirmativas ajudam a captar talentos, como são diferenciais na hora de permanecer no emprego. O relatório diz que o fator apontado como mais importante para a comunidade LGBTQIA+ no contexto do trabalho é justamente o ambiente inclusivo, com 74% das respostas.
“São empregadores que ainda não estão em contato com essa agenda. É o nosso próximo ‘ponto de fronteira’: fazer o assunto chegar nas organizações fora do Eixo Rio-São Paulo, de portes mais variados”, afirma.Um estudo recente do Instituto Ethos, feito com 169 empresas brasileiras, dá um termômetro de quais iniciativas de D&I estão mais desenvolvidas e quais não estão.
Um caminho de melhora, segundo as respostas, é o uso de tecnologia. Pela pesquisa, 93% dos entrevistados acreditam que a tecnologia pode auxiliar na promoção de processos seletivos mais inclusivos.As iniciativas nesse sentido ainda são poucas.
Sobre o tempo de trabalho, os LGBTQIA+ ficam, em média, 3,07 anos em uma empresa, contra uma média de 4,13 anos dos demais.Para Jean Soldatelli, sócio da Santo Caos, os dados mostram que membros da comunidade são contratações mais recentes e têm menor retenção no emprego. Apesar do esforço, portanto, há avanços a fazer no processo seletivo e no acompanhamento dos profissionais.
Mostrar efetividade é a batalha da mesma Gerdau que foi obrigada a mostrar assertividade no caso Maurício Souza. Uma siderúrgica tradicional, dominada pela presença masculina, a empresa inaugurou sua área de D&I em 2019, com números bem aquém do ideal: em 2017, apenas 12% eram mulheres.
Brasil Últimas Notícias, Brasil Manchetes
Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.
Homem morre em briga de torcedores do São Paulo e do Corinthians na Grande SPHomem morre em briga de torcedores do São Paulo e do Corinthians na Grande SP Ônibus que levava torcedores do Timão foi cercado e houve agressões mútuas com barras de ferro
Consulte Mais informação »
Confiança de outros países nos EUA aumentou após guerra na Ucrânia, aponta pesquisaImagem americana melhora entre populações de seus aliados, indicando que política de apoio de Joe Biden a Kiev é bem recebida no exterior
Consulte Mais informação »
60% dos trabalhadores informais no Brasil fazem 'bicos' para sobreviverDe acordo com pesquisa, perfil do trabalhador informal é de homens pretos que trabalham com comércio; Norte e Nordeste lideram em quantidade de profissionais sem carteira assinada
Consulte Mais informação »
Nova diretoria pode não significar preço menor na PetrobrasEspecialistas dizem que política da estatal pode continuar mesmo com novos executivos
Consulte Mais informação »