Relatos de modelo preso revelam interior de campo de detenção da China em Xinjiang

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Relatos de modelo preso revelam interior de campo de detenção da China em Xinjiang G1

Merdan Ghappar estava acostumado a posar para as câmeras. Como modelo do megasite de compras chinês Taobao, o jovem de 31 anos era bem pago para aparecer em vídeos promocionais de diferentes marcas de roupas.Em vez das habituais luzes de estúdio ou calçadas chiques, o pano de fundo é uma sala vazia com paredes sujas e grades de aço na janela. No lugar das poses de modelo, Ghappar aparece silenciosamente sentado com uma expressão ansiosa.

Estima-se que nos últimos anos mais de um milhão de uigures e outras minorias tenham sido levados à força a uma rede de campos de segurança máxima em Xinjiang.Milhares de crianças foram separadas de seus pais e, segundo revelações recentes, mulheres foram submetidas à força a métodos de controle de natalidade.

A BBC enviou pedidos detalhados de comentários ao Ministério do Exterior da China e às autoridades de Xinjiang, mas não teve resposta. "Ambos foram tratados com brutalidade por sua raça", diz ele. "Mas enquanto na América as pessoas estão levantando a voz, no nosso caso há silêncio."Em 2009, Merdan Ghappar - como muitos uigures na época - deixou Xinjiang para procurar oportunidades nas cidades mais ricas do leste da China.

Em 2018, o país deu sua resposta: um amplo sistema de campos e prisões construídos de forma extensiva e rápida em Xinjiang. Em 15 de janeiro deste ano, seus amigos e familiares foram autorizados a levarem roupas de frio e um celular para o aeroporto, antes dele embarcar num voo de Foshan e ser escoltado por dois policiais de volta à sua cidade natal, Kucha, em Xinjiang.Filmagens clandestinas

"Vi de 50 a 60 pessoas detidas em uma pequena sala com menos de 50 metros quadrados, homens à direita e mulheres à esquerda", escreveu. "Eu levantei o saco na cabeça e disse ao policial que as algemas eram tão apertadas que machucavam meus pulsos", ele escreve em uma das mensagens de texto. "Mas se você estiver com fome e quiser comer mais cedo, pode ficar em silêncio. É uma questão moral, entende?"

Os policiais obrigaram todos os prisioneiros a usarem máscaras, embora ainda tivessem que ficar encapuzados na cela abafada e superlotada.Mais tarde, quando os policiais chegaram com termômetros, vários detentos, incluindo Ghappar, registraram temperatura corporal acima de 37° C. Foi esse regime um pouco mais relaxado que trouxe, ele diz, a oportunidade que precisava para divulgar o que estava acontecendo para o mundo de fora. Seu telefone parece ter passado despercebido pelas autoridades entre os pertences pessoais a que ele teve acesso em seu novo local de prisão.Por alguns dias, descreveu suas experiências. Até que, de repente, as mensagens pararam.

"As forças separatistas no país e no exterior politizaram esse termo geográfico e pediram que aqueles que falam o idioma turcomano e acreditam no Islã se unam", diz o anúncio.James Millward, professor de história da Universidade de Georgetown e especialista em políticas da China em Xinjiang, traduziu e analisou as mensagens de texto de Ghappar para a BBC.

Outro fator que traz credibilidade aos registros vem da fotografia de um documento que, segundo fontes, Ghappar fotografou depois de encontrar no chão de um dos banheiros do centro de controle de epidemias. Apesar do risco de que a publicação do vídeo e das mensagens de texto de Ghappar possam colocá-lo em risco de punições mais longas ou mais duras, pessoas próximas a ele dizem que não há outra escolha.Abdulhakim diz que mantinha contato regular com o sobrinho antes da prisão. Ele acredita que, como em outros casos, essa conexão no exterior seja uma das razões pelas quais Ghappar foi detido.

Ao saber que as autoridades chinesas estavam buscando sua prisão, Abdulhakim conseguiu um passaporte e foi embora. Nunca voltou.

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