O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) enfrenta uma crise interna após a criação da fundação IBGE+, visando captar recursos externos. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do IBGE (ASSIBGE) expressa preocupações sobre a transparência e a possível captura da produção do órgão por interesses privados. O debate se torna um ponto de conflito entre o governo e o sindicato, com impactos diretas para a credibilidade do IBGE e sua capacidade de realizar pesquisas estatísticas imparciais.
Em uma reviravolta no cenário político brasileiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) se viu em meio a uma polêmica envolvendo a criação de uma fundação, o IBGE +, e o futuro de seu presidente, Marcio Pochmann . O Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do IBGE (ASS IBGE ) manifestou sua oposição à fundação, alegando que ela pode comprometer a credibilidade do IBGE e abrir caminho para a captura da produção do órgão por interesses privados.
O sindicato expressou sua preocupação com a fundação, que visa captar recursos não apenas do orçamento federal, mas também de ministérios, bancos públicos e autarquias, argumentando que isso pode criar conflitos de interesse e prejudicar a imparcialidade das pesquisas.A decisão do IBGE de criar a fundação gerou discordâncias entre o órgão e seus servidores. O ASSIBGE argumenta que a fundação foi criada sem participação do corpo técnico do IBGE, que, por sua vez, poderia ter contribuído com ideias e sugestões para garantir a transparência e o bom funcionamento da iniciativa. Além disso, o sindicato aponta que a criação da fundação não foi autorizada por lei, o que configura uma irregularidade administrativa. Essas preocupações foram reiteradas em um ato realizado no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (29), que contou com a presença de 200 pessoas. O presidente do ASSIBGE, Lindsay, afirmou que a fundação pode comprometer a credibilidade do IBGE, especialmente quando pesquisadores do órgão realizam visitas domiciliares para coletar dados. A falta de confiança na instituição pode dificultar o acesso dos pesquisadores às casas dos entrevistados, impactando a qualidade dos dados coletados.Em resposta às críticas, o IBGE afirmou que a fundação foi aprovada por todos os órgãos de controle necessários e será fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União. O órgão também defendeu que a IBGE+ visa ampliar as fontes de recursos e garantir a sustentabilidade do IBGE, que enfrenta dificuldades financeiras e precisa aumentar seu orçamento. O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, um dos grandes intelectuais do país, segundo Simone Tebet, ministra do Planejamento, foi escolhido pelo presidente Lula por sua capacidade intelectual. Pochmann, que já presidiu o Ipea entre 2007 e 2012, foi alvo de acusações nesse período, porém, a ministra do Planejamento demonstra hesitação em dispensar um indicado de Lula. O debate sobre a fundação, portanto, se torna um capítulo importante na disputa política atual, com implicações diretas para o futuro do IBGE e sua capacidade de realizar suas funções estatísticas com independência e credibilidade
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