Servidores da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) se manifestaram contra a gestão do presidente do IBGE, Marcio Pochmann, defendendo-se de acusações e criticando a criação da Fundação IBGE+. Os funcionários denunciam um viés autoritário e midiático na administração, além de falta de diálogo e preocupações com a qualidade da pesquisa.
Em meio à crise no IBGE , servidores da Escola Nacional de Ciências Estatísticas ( ENCE ) se manifestaram contra a gestão de Pochmann , defendendo-se de acusações e criticando a criação da Fundação IBGE +. A falta de diálogo e preocupações com a qualidade da pesquisa levam a um cenário de perplexidade e tensões, com servidores se organizando em cartas abertas e denunciando um viés autoritário e midiático na administração.
Enquanto isso, o presidente viaja pelo país divulgando um plano para 2025, sem consulta prévia aos funcionários, agravando a situação de instabilidade na instituição. \Funcionários da ENCE publicaram uma carta de posicionamento com 20 assinaturas se defendendo de comunicados feitos pela presidência do instituto e criticando a criação da Fundação IBGE+. Na carta, os funcionários se defendem argumentando que os trabalhos de pesquisa acadêmica realizados por eles se diferenciam das pesquisas feitas para produção de estatísticas nacionais e oficiais divulgadas pelo IBGE, e indicam que nenhum repasse de recursos públicos foi feito para associações privadas. O documento considera ainda que os comunicados da presidência representam um ataque aos servidores do instituto, assim como aos integrantes do sindicato, que também tem sido alvo de Pochmann desde que começou a protestar contra sua administração, que classificam como autoritária. \Nesta terça-feira, mais dois servidores do instituto, ambos gerentes, publicaram um documento criticando a presidência. Nos textos, eles mencionam um periódico lançado pelo IBGE hoje, 'Brasil em números 2024', que traz no prefácio um artigo da governadora de Pernambuco (PE), Raquel Lyra. No texto, ela lista realizações de seu governo e elogia a iniciativa e atual gestão do IBGE. Os funcionários Ana Raquel Gomes da Silva, da Gerência de Sistematização de Conteúdos Informacionais (Gecoi) e Leonardo Ferreira Martins, da Gerência de Editoração (Gedi) consideram que esse uso está em desacordo com as boas práticas institucionais e pode caracterizar uma espécie de propaganda política, o que o IBGE busca evitar. 'Conteúdos de tal natureza, característicos de campanhas eleitorais, não se coadunam com a neutralidade técnica que deve nortear a produção editorial do IBGE, sobretudo em uma publicação com abrangência geográfica nacional', escreveram os gerentes, acrescentando que alertaram a direção do instituto de que o prefácio da governadora quebra o princípio da impessoalidade que norteia as publicações, mas foram ignorados. Segundo eles, a publicação foi mantida mesmo depois de eles se posicionarem contra a inclusão do prefácio, alertando sobre a necessidade de o IBGE, enquanto instituição pública, manter sua isenção político-partidária, 'sob pena de comprometimento da credibilidade do Instituto'. A publicação, que tem fotos ilustrativas feitas em Pernambuco, também traz um texto do ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB), que atualmente preside o Banco do Nordeste.
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