Regra afeta contas públicas porque o valor é o piso das aposentadorias do INSS e outros benefícios
Durante o governo Jair Bolsonaro, o mínimo foi reajustado apenas considerando a variação de preços, sem ganho real. O projeto do governo Lula estabelece que o mínimo vai ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor do ano anterior mais o crescimento do PIB de dois anos antes.
Na justificativa da proposta, o governo calcula um impacto de R$ 18,1 bilhões em 2024, R$ 25,2 bilhões para 2025 e R$ 39,1 bilhões para 2026. Segundo o texto, os projetos de Lei Orçamentária referentes ao período alocarão os recursos necessários ao atendimento das despesas adicionais.
“Entende-se que os aumentos programados e cumulativos, acima da inflação com base no patamar valorativo do ano anterior, refletem política que, por um lado, garante o aumento escalonado e estruturado do poder aquisitivo da população e, por outro lado, proporciona previsibilidade aos agentes econômicos, políticos e sociais quanto à valorização do salário mínimo”, justifica o governo.
O impacto orçamentário ocorre porque o piso dos benefícios do sistema de pensões e aposentadorias do INSS é o salário mínimo. Assim, 65% dos beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, ou quase 14 milhões de aposentados e pensionistas, recebem um salário mínimo.No ano passado, o Benefício de Prestação Continuada alcançou 5,1 milhões de idosos e pessoas com deficiências.
“A previsibilidade inerente à política proposta ajudará a cadenciar os indicadores da economia, com segurança e sustentabilidade, na medida em que está ancorada no crescimento real da economia. Assim, a previsibilidade da valorização do salário-mínimo auxiliará no controle da inflação, uma vez que eventuais reajustes serão transparentes e baseados em indicadores pré-estabelecidos”, afirma o governo.
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