O ministro Alexandre de Moraes, do STF, derrubou o sigilo da delação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e notificou Bolsonaro e outros 33 denunciados por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de estado e organização criminosa, após denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Os denunciados têm 15 dias para responder às acusações. A defesa de Bolsonaro classifica a denúncia como 'fantasiosa'.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira, 19, o fim do sigilo da delação do tenente-coronel Mauro Cid , ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento ainda não estava disponível no sistema da Corte até as 11h05.
Em um mesmo despacho, o ministro notificou Bolsonaro e os outros 33 denunciados por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima, e deterioração de patrimônio tombado. Caso o Supremo aceite a denúncia, os denunciados se tornarão réus em uma ação penal. A denúncia foi apresentada na noite de terça-feira, 18, pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Os denunciados terão 15 dias para responder às acusações feitas pela PGR. Os advogados de Bolsonaro afirmam, em uma nota divulgada na terça-feira, que a denúncia é baseada no acordo de colaboração de Mauro Cid, classificado pela defesa do ex-presidente como 'fantasioso'. 'O presidente Jair Bolsonaro confia na Justiça e, portanto, acredita que essa denúncia não prevalecerá por sua precariedade, incoerência e ausência de fatos verídicos que a sustentem perante o Judiciário', diz a nota da defesa
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