A delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid aponta para a participação de Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro numa ala que defendia o golpe de Estado durante o governo de Jair Bolsonaro. Cid afirma que Bolsonaro era aconselhado por três grupos distintos, um dos quais era composto por membros da família e políticos conservadores. A delação também confirma a existência do 'gabinete do ódio', uma estrutura de produção de conteúdo para as redes sociais que difundia ataques às instituições democráticas.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faziam parte da ala mais favorável ao golpe entre as pessoas que aconselhavam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É o que afirma a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid , segundo divulgou a coluna do jornalista Elio Gaspari, do jornal 'O Globo'. Em áudio obtido pela PF, Mauro Cid relata uma conversa com Bolsonaro sobre golpe.
Segundo Cid, Bolsonaro era aconselhado por três grupos distintos: um mais radical, do qual faziam parte Michelle e Eduardo, outro formado por políticos conservadores e outro que ele classificou como 'moderado'. Do grupo 'moderado', faziam parte generais da ativa que se opunham ao golpe. Cid cita que esse grupo temia que Bolsonaro fosse influenciado pela ala mais radical e assinasse 'uma doideira'. O acordo de delação de Cid foi firmado pela PF e homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 9 de setembro. Na delação, Cid aponta Bolsonaro como mandante dos supostos crimes investigados nessa frente de apuração — peculato (desvio de bens públicos) e lavagem de dinheiro. Também como parte do acordo de delação premiada, Cid confirmou a existência do chamado 'gabinete do ódio' na estrutura do governo. Cid afirmou à Polícia Federal que três assessores presidenciais utilizavam a estrutura do governo, em uma sala do Palácio do Planalto, para produzir parte do conteúdo que o então presidente difundia para seus contatos e nas redes sociais. Segundo a investigação da PF, o material continha ataques às instituições democráticas, como o STF. Na delação, Cid afirmou que recebeu 'determinação' do então presidente para avaliar o valor de um relógio Rolex e autorização para vendê-lo junto com outros itens que compunham um kit de joias valiosas dado pela Arábia Saudita como presente oficial. As declarações do militar confirmam as suspeitas anteriores da PF de que as joias foram vendidas a mando do ex-presidente, que teria recebido os valores em dinheiro vivo para não deixar rastros
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