O ministro israelense Bezalel Smotrich defende o plano polêmico de Trump para 'limpar' Gaza dos palestinos, gerando condenação global. A proposta visa enviar palestinos para o Egito e Jordânia, provocando indignação internacional.
O líder da ala mais radical do governo israelense, Bezalel Smotrich, afirmou estar trabalhando em conjunto com o Gabinete para implementar o plano polêmico proposto pelo presidente americano, Donald Trump , de 'limpar' Gaza dos palestinos. O ministro israelense defende a ideia de enviar palestinos para o Egito e Jordânia, gerando condenação internacional.
A proposta de Trump, apresentada no domingo durante um voo no Air Force One, causou uma onda de indignação global, com países árabes e europeus rechaçando qualquer hipótese de expulsão total da população palestina de Gaza. \Trump afirmou que Gaza era um 'local de demolição' após 15 meses de guerra e que apoiava a remoção dos civis palestinos do enclave. Ele disse ter conversado com o rei da Jordânia, Abdullah II, e pretendia falar com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, sobre a iniciativa. A Liga Árabe denunciou a proposição como uma 'limpeza étnica', enquanto Egito e Jordânia rejeitaram individualmente a ideia de Trump. Uma fonte egípcia ouvida pela TV saudita al-Hadath afirmou que o Egito recusou um plano dos EUA que envolveria deslocar os palestinos de Gaza por um período de seis meses a um ano para três países árabes e um país na Ásia. O plano ainda especificaria que os moradores de Gaza teriam que deixar os países anfitriões no início de 2026, mas não detalha se os refugiados poderão retornar a Gaza. \Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Christian Wagner, afirmou que Berlim mantém seu compromisso com o consenso internacional sobre a situação de Gaza. Ele afirmou que há uma posição comum compartilhada por UE, parceiros árabes e as Nações Unidas, que é muito clara: a população palestina não pode ser expulsa de Gaza, e Gaza não deve ser permanentemente ocupada ou reassentada por Israel. Em 7 de outubro de 2023, a reocupação do território palestino por Israel motivou especulações por parte de radicais israelenses e figuras ligadas ao movimento político de Trump. Em março do ano passado, o genro de Trump e conselheiro durante o primeiro mandato, Jared Kushner, sugeriu durante um evento na Universidade Harvard que a população civil do território palestino fosse removida para o Deserto do Negev. O próprio Smotrich, também no ano passado, defendeu a ocupação de áreas palestinas, afirmando que a presença israelense era necessária para garantir a segurança do estado. Em seu contato com a imprensa nesta segunda-feira, Smotrich minimizou a resistência dos países árabes que estariam incluídos no plano de Trump, usando o exemplo da pressão exercida pelo americano sobre a Colômbia, no caso envolvendo a deportação de imigrantes sem documentação.
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