Expectativa é de que, até 2030, consumidores de baixa tensão, ou seja, moradores de residências comuns, poderão entrar no sistema
Ter uma gama de opções de empresas que comercializam energia elétrica. Em síntese, esse é o princípio do, disponível por enquanto apenas para consumidores de alta tensão. Em breve, porém, há expectativa de que o sistema chegue aos consumidores de residências, aqueles de baixa tensão, como eu e você.
“Hoje, 92% da energia consumida pela indústria brasileira já vem do mercado livre”, afirma o engenheiro eletricista Hermano Pinto, ao citar os dados da Abraceel. “É um sistema que permite você otimizar custos de um lado, planejar suas demandas e verificar quais são as melhores ofertas para você efetivamente atender essa sua demanda”, complementa.
“O mercado da telefonia era bastante regulado, era um oligopólio, e você não tinha opções. Você era obrigado a contratar do fornecedor local. Esse mercado se abriu da mesma forma que hoje o consumidor, pessoa física, ele pode escolher de quem ele quer ter a telefonia, ele troca o chip, ele tem a portabilidade, e isso ele faz tomando as decisões baseadas na característica do produto, no preço”, exemplifica.
Comprar a energia elétrica de um produtor independente não extingue a função das concessionárias distribuidoras de energia. Sérgio Romani, vice-presidente da Abraceel e líder da área de energia na Genial Energy, explica que, atualmente, no mercado brasileiro, as distribuidoras transportam energia e também são responsáveis pela compra e venda.
João Aramis resume a função das distribuidoras nesse novo mercado como uma espécie de “pedágio” para que a energia chegue no ponto de consumo.
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