Uma manifestação em Copacabana, Rio de Janeiro, em apoio à anistia para Jair Bolsonaro, reuniu menos de 15 mil pessoas, de acordo com dados do Monitor do Debate Político. O número é significativamente menor do que a micareta de 7 de setembro de 2022, quando Bolsonaro também realizou um comício na praia, que reuniu cerca de 64 mil pessoas.
A manifestação em apoio à anistia para Jair Bolsonaro , realizada na praia de Copacabana , Rio de Janeiro, resultou em uma participação consideravelmente menor do que o esperado. De acordo com dados do Monitor do Debate Político, que utiliza informações de pesquisas e análises de imagens, apenas cerca de 15 mil pessoas compareceram ao evento.
Para efeito de comparação, na micareta de 7 de setembro de 2022, também em Copacabana, quando Bolsonaro transformou as celebrações do Bicentenário da Independência em seu comício eleitoral, o mesmo monitor calculou 64,6 mil manifestantes. A Polícia Militar do Rio de Janeiro, sob o comando do governador bolsonarista Cláudio Castro, tentou inflar os números, afirmando que mais de 400 mil pessoas acompanharam o ato. No entanto, imagens aéreas e medições feitas pela repórter Amanda Rossi, do UOL, utilizando o Google Earth, demonstram que a área ocupada pela manifestação não chega a 20 mil metros quadrados, tornando a afirmação da polícia improvável. A baixa participação na manifestação pode trazer consequências para a aprovação do projeto de anistia em tramitação no Congresso Nacional. A oposição já afirma ter votos suficientes para aprovar a anistia na Câmara dos Deputados, mas no Senado a luta será mais árdua. Com a pressão popular reduzida, os deputados e senadores terão que lidar com mais resistência, especialmente considerando a controvérsia em torno da anistia e o risco de se queimarem junto à opinião pública. A anistia pedida pelos bolsonaristas em Copacabana visa conceder perdão a Bolsonaro por crimes cometidos durante seu governo, incluindo a micareta em Copacabana em 2022, que foi condenada pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder. Além disso, Bolsonaro está inelegível até 2030 devido a duas condenações do TSE por abuso de poder. A aprovação da anistia exigiria a reforma da Lei da Ficha Limpa, o que acarretaria em uma série de consequências políticas e sociais. É cedo para afirmar que a baixa participação na manifestação representa a perda de influência de Bolsonaro para convocar grandes manifestações. A questão da anistia não é tão mobilizadora quanto uma agenda de críticas e batalha. No entanto, a falta de entusiasmo dos apoiadores pode indicar um declínio no apoio a Bolsonaro, especialmente considerando a baixa popularidade de Lula. A situação exige observação atenta para determinar se esse nível baixo de participação se tornará uma tendência
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