A ONU marca neste sábado o 20o aniversário do ataque terrorista que matou 22 de seus funcionários no Iraque, entre eles o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, o chefe da missão das Nações Unidas em Bagdá. A explosão, porém, não apenas colou um fim à carr
Annan reagiria um ano depois, chamando a guerra de"ilegal". Como retaliação, viu o governo americano em peso revelando a corrupção dentro da ONU, ameaçando o destituir e, na prática, marginalizando as Nações Unidas das grandes decisões mundiais por anos.
A guerra havia ocorrido sem a autorização da ONU e, para os mais críticos, Bush queria naquele momento que Annan o ajudasse a legitimar a ocupação e solicitou que ele cedera o brasileiro para ocupar o novo cargo. Vieira de Mello lideraria uma missão sem mandato., presidente que iniciava seu primeiro mandato naquele momento, chegou a tentar impedir sua nomeação, já que não queria um brasileiro liderando uma missão justamente no Iraque.
No dia 19 de agosto, um caminhão estacionado no muro da janela do escritório de Vieira de Mello faria uma parte inteira do Hotel Canal, sede da ONU, vir abaixo. Sem equipamentos de resgate, sem treinamento e sem a ajuda dos americanos, apenas dois soldados tentaram de forma desesperada retirar o brasileiro dos escombros. Não conseguiram.
Em maio daquele mesmo ano, um informe da diplomacia americana admitia que"as atividades da Missão da ONU no Iraque estavam estagnadas nos últimos dois anos e o entusiasmo se evaporou"."Os esforços humanitários, treinamento e reconstrução da sociedade civil desapareceram", reconhecia.
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