Uma fábrica de tecidos em Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi interditada após um incêndio que deixou 21 pessoas feridas, dez em estado grave. O prédio da Maximus Confecções não possuía autorização do Corpo de Bombeiros para funcionar. As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas.
Uma fábrica de tecidos em Ramos , na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi interditada totalmente após um incêndio que deixou 21 pessoas feridas, dez em estado grave. O ocorrido aconteceu na manhã desta quarta-feira (12) e o prédio da Maximus Confecções não possuía autorização do Corpo de Bombeiros para funcionar.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, divulgou a interdição em uma publicação nas redes sociais, informando que o prédio anexo também foi interditado devido aos danos estruturais causados pelo incêndio, colocando em risco a estabilidade da construção. Paes afirmou ainda que diversos órgãos municipais estão atuando em conjunto para atender às vítimas, familiares e moradores do entorno. A Secretaria Municipal de Assistência Social também está no local, prestando apoio psicológico aos trabalhadores da fábrica, seus familiares e moradores da região. A Prefeitura do Rio informou que diversos órgãos municipais atuam em conjunto para atender às vítimas, familiares e moradores do entorno do incêndio que atingiu uma fábrica e um prédio anexo na Rua Roberto Silva, nº 145 e 129, respectivamente, em Ramos. Até às 11h desta quarta-feira, a situação era acompanhada de perto por equipes de socorro. O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Luciano Sarmento, confirmou que a fábrica não possuía certificado de aprovação da corporação e, portanto, não cumpria as normas de segurança necessárias para o funcionamento. Além disso, segundo a Receita Federal, a empresa estava inapta e não poderia estar funcionando desde 2023, quando não apresentou as documentações necessárias. As vítimas foram encaminhadas para cinco hospitais das redes estadual, municipal e federal. O Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, recebeu dez pacientes, sendo três homens e cinco mulheres em estado grave, além de duas vítimas femininas estáveis. Todos sofreram queimaduras em via aérea após inalação de fumaça tóxica. O Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, recebeu quatro pessoas, sendo duas em estado grave. O Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, e a Coordenação de Emergência Regional (CER) da Ilha do Governador, receberam duas vítimas cada. Já o Hospital Federal de Bonsucesso recebeu duas mulheres e um homem, que estão sendo atendidos por inalação de fumaça. Todos os pacientes estão em estado estável. A Maximus Confecções, responsável pelas fantasias de escolas de samba da Série Ouro, teve quatro agremiações afetadas: Império Serrano, Unidos da Ponte, Unidos de Bangu e Porto da Pedra. As duas primeiras informaram que toda a produção para o carnaval 2025 estava no local. A última comunicou que as roupas de duas alas estavam sendo produzidas no edifício. A Liga RJ, que organiza o Carnaval da Série Ouro, convocou uma reunião extraordinária para avaliar a situação das escolas prejudicadas pelo incêndio. Segundo a entidade, o objetivo da Assembleia Geral será buscar soluções que possibilitem a continuidade dos trabalhos e a realização do desfile 'com a grandiosidade que o povo merece'. A Liga afirmou ainda que a fábrica 'desempenha um papel fundamental no fornecimento de materiais para as escolas de samba e, além disso, serve como espaço para a confecção de fantasias de diversas agremiações'. A organização disse que o incêndio 'atinge diretamente o planejamento do Carnaval e toda a cadeia produtiva envolvida na sua realização'. Em outra publicação, o prefeito do Rio anunciou que as escolas de samba afetadas pelo incêndio não serão rebaixadas no Carnaval deste ano. 'Independente de qualquer coisa, as escolas não serão rebaixadas no carnaval desse ano. Havendo possibilidade de desfilar, as três serão consideradas hors con·cours', escreveu Paes, que está em Brasília, mas afirmou que o vice, Eduardo Cavaliere, acompanha o caso
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