O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, expressou sua posição sobre o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em entrevista, Motta afirmou que os eventos foram uma agressão às instituições, mas que o termo 'golpe' não se aplica à situação, pois não houve liderança organizada ou apoio de outras instituições como as Forças Armadas. Ele defendeu que as penas devem ser medidas de acordo com a gravidade dos atos, evitando exageros em casos de pessoas que apenas se encontravam próximo ao local dos atos. Motta reconheceu a necessidade de diálogo com o Judiciário para encontrar uma solução justa para o projeto de lei.
Em entrevista a uma rádio da Paraíba, nesta sexta-feira (7), o deputado Hugo Motta foi questionado sobre seu posicionamento em relação ao projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Motta afirmou que os eventos de 8 de janeiro foram uma agressão às instituições, inimagináveis e repudianos.
Ele ressaltou que o termo 'golpe' carece de elementos como liderança organizada, apoio de instituições como as Forças Armadas e uma intenção explícita de derrubar o governo eleito. Para Motta, os envolvidos foram vândalos e baderneiros que, motivados pela inconformidade com o resultado das eleições, buscavam expressar sua revolta. O deputado destacou que o Brasil respondeu com firmeza às ações de 8 de janeiro, com as instituições se posicionando de forma contundente. Ele mencionou uma pesquisa do Datafolha de 2024 que revelou que a maioria dos brasileiros (65%) considerou os atos de 8 de janeiro como vandalismo, enquanto 30% classificaram os eventos como uma tentativa de golpe de Estado. Motta reconheceu a necessidade de punir os responsáveis por atos de vandalismo e depredação do patrimônio público, mas defendeu que as penalidades não devem ser exageradas. Ele exemplificou com o caso de pessoas que apenas se encontravam próximo ao local dos atos e não participaram de vandalismos, mas receberam longas penas.Motta, eleito presidente da Câmara dos Deputados no último sábado (1º), com apoio de partidos que vão do PT a PL, afirmou que o tema da anistia para os envolvidos em 8 de janeiro gera tensão com o Judiciário e o Executivo, e que haverá cuidado em tratar o projeto de lei. Ele se comprometeu a conduzir a Casa com isenção e evitar favorecer um lado em detrimento do outro. O deputado também sugeriu que um caminho possível para o projeto de lei seja o diálogo com o Judiciário, buscando uma solução que seja justa e adequada a todos os envolvidos.
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