O governo Lula recuou da decisão da Receita Federal de monitorar transferências de mais de R$ 5 mil após pressão de grupos religiosos, principalmente evangélicos. A medida gerou descontentamento em diversos setores da sociedade, com pastores alertando sobre o impacto nas doações via Pix.
Um dos segmentos que passou a fazer pressão no Palácio do Planalto foi o dos evangélicos , grupo religioso que costuma rechaçar a gestão Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva de recuar da decisão da Receita Federal — de monitorar transferências mensais superiores a R$ 5 mil realizadas por pessoas físicas — aconteceu após a gestão petista identificar uma insatisfação generalizada em diferentes setores da sociedade.
Fontes da cúpula do governo apuraram que, nos últimos dias, pastores de diferentes correntes pentecostais passaram a procurar intermediários do Executivo para alertar que o assunto estava 'chegando na ponta'. De acordo com essas fontes, os relatos recebidos eram na linha de que ficaria difícil para esse grupo continuar dando apoio ao governo Lula diante das medidas implementadas pela Receita. O assunto esbarra nos evangélicos, entre outras coisas, porque as igrejas neopentecostais costumam receber também via Pix o pagamento do dízimo - como é chamada a contribuição financeira mensal oferecida pelos fiéis para ajudar organizações religiosas cristãs. Diante disso, auxiliares do presidente Lula passaram a tentar atuar junto a esses influenciadores para atenuar a decisão da Receita ao segmento evangélico. Apesar de todo esse esforço, Lula acabou cedendo à pressão e optou por convocar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinha, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, para discutir o assunto no Palácio agora à tarde. Quem também influenciou no recuo da Receita foi o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, que participou do encontro. Na reunião, foi conversado ainda sobre a possibilidade de o governo petista começar uma nova campanha de propaganda rebatendo as fake news sobre o Pix. Uma das referências é o trabalho que já vem sendo comandado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) nas redes da emissora. Essa campanha de propaganda, porém, independeria da realização de uma licitação — que deve ser feita pela Secom em breve — para a contratação de serviços de comunicação digital para o governo
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