O candidato opositor venezuelano Edmundo González faz uma gira diplomática por países da América Latina, buscando pressionar o chavismo e a posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato.
O itinerário da gira do candidato opositor venezuelano Edmundo González , recebido neste sábado pelo presidente argentino, Javier Milei, na Casa Rosada, onde se concentraram centenas de venezuelanos para o ovacioná-lo, teve mudanças e o domingo estará nos Estados Unidos.
O próprio diplomático confirmou em uma coletiva de imprensa após o encontro com Milei que este sábado à noite viajará para o país norte-americano para se reunir com o presidente Joe Biden, não sem antes se encontrar em Montevidéu com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou. Os detalhes da gira têm sido divulgados aos poucos, mas o objetivo está claro. González Urrutia busca fazer pressão sobre a posse que está organizando o chavismo para coroar Nicolás Maduro para um terceiro mandato no dia 10, apesar das denúncias e das evidências que a oposição tem apresentado de que não ganhou as eleições do dia 28 de julho. Desde sua equipe ainda mantêm na agenda as paradas por Uruguai, Panamá e República Dominicana, um destino que foi adicionado recentemente. Supõe-se que a gira precede seu retorno à Venezuela, onde González Urrutia disse que se jurará como presidente, acatando o mandato dos votos refletidos nas atas oficiais de escrutinio coletadas por seus observadores, segundo as quais ganhou com uma enorme vantagem sobre Maduro. Enquanto González Urrutia percorre o continente, em Caracas, foram deslocados contingentes militares, veículos blindados e forças de inteligência encapuchadas que aumentam a sensação de tensão antes da data de 10 de janeiro, um divisor de águas no conflito político venezuelano. Esta semana, a polícia judicial emitiu avisos de recompensa para dar com a captura de González Urrutia. Sua foto tem sido divulgada nos aeroportos e postos de fronteira como se fosse o criminoso mais procurado da Venezuela
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