Crise Fiscal Brasileira: Déficit Crescente e Insegurança no Mercado

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O Brasil enfrenta uma grave crise fiscal, com um déficit crescente e um endividamento que preocupa investidores. As projeções para os próximos anos apontam para uma situação ainda mais complexa, com o risco de uma espiral de aumento da dívida e das despesas com juros. A necessidade de medidas concretas para conter o problema se torna cada vez mais urgente.

Apenas a Bolívia apresenta um desempenho econômico pior que o Brasil, segundo uma análise do banco BTG Pactual. Essa situação se mantém nos últimos dois anos e, de acordo com as previsões, deverá persistir em 2025. Enquanto os bolivianos, apesar de manterem o primeiro lugar no ranking dos piores, devem conseguir reduzir o tamanho do déficit, o Brasil enfrenta uma elevação nesse indicador.Existem diferentes metodologias para determinar a situação fiscal de um país.

A que avalia a trajetória da dívida pública leva em consideração o pagamento de juros. Quanto maior o rombo fiscal anual, mais alto o endividamento, métrica acompanhada de perto pelos investidores. Essa deveria ser a principal preocupação do governo federal e dos parlamentares. Tentativas de ilusão ou negação não alteram a realidade. O desempenho brasileiro é ruim sob qualquer ângulo, pior que a média dos países emergentes, desenvolvidos e da América Latina.A previsão do BTG Pactual para este ano é um déficit de 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países como México, Colômbia, Peru e Chile, esse percentual deverá ser inferior a 4%. Com a manutenção do rombo fiscal e o aumento das despesas com juros da dívida, o endividamento em relação ao PIB crescerá 14 pontos percentuais ao longo do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para um país com uma dívida alta como o Brasil, esse cenário representa um grave problema, gerando insegurança no mercado financeiro e altas repetidas do dólar. Insinuar que as esquinas da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, estão cheias de especuladores trabalhando contra o país é terraplanismo econômico. O governo antecipou que o ano de 2024 terminaria com um déficit de 0,1% do PIB, utilizando uma metodologia que não inclui as despesas com juros da dívida. Na análise do resultado fiscal, a Fazenda também exclui fatores extraordinários, como os gastos com as enchentes no Rio Grande do Sul. O esforço pode ser válido, mas o fato é que, com todas essas ressalvas, o governo não conseguiu equilibrar as contas. O percentual antecipado por Haddad se encaixa nas regras fiscais apenas devido à tolerância de déficit de até 0,25% do PIB. A comemoração desse resultado demonstra o baixo nível da discussão fiscal no Brasil. Lembre-se: o endividamento continua em ascensão. Se as últimas projeções da Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado Federal, se confirmarem, a dívida chegará a 86% do PIB em 2025, 91% em 2027, mais de 100% em 2030 e 116% em 2034, o horizonte das estimativas. Quanto mais elevado o endividamento, maior o custo de rolagem. Neste ano, os gastos com juros devem ultrapassar R$ 1 trilhão. Diante de tantas evidências, negar a gravidade da crise fiscal é inadmissível. É hora de medidas à altura dos desafios. O ajuste deve ser amplo para ter efeito. Governo e Congresso devem reparar essa dívida com o país

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