O Conselho Federal de Medicina (CFM) solicitou à Anvisa o banimento do PMMA no Brasil, destacando a gravidade do uso do produto para fins estéticos e os riscos à saúde.
O Conselho Federal de Medicina ( CFM ) fez um pedido formal à Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) nesta terça-feira (21) para que o PMMA (Polimetilmetacrilato) seja banido no Brasil.
A solicitação, que envolve a imediata suspensão da produção e comercialização do produto, foi antecipada pela CNN em segunda-feira (20) e se baseia em um documento de 35 páginas apresentado pelo presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, durante uma reunião com o diretor-presidente substituto da Anvisa, Rômison Rodrigues Mota.O documento, ao qual a CNN teve acesso, afirma categoricamente que a situação é grave, destacando que o PMMA é um preenchedor com aplicação definitiva e, em caso de complicações, não pode ser removido de forma isolada. A retirada do produto, segundo o CFM, exige a remoção dos tecidos preenchidos, o que pode acarretar danos estéticos significativos e deformações. A Anvisa, por sua vez, destaca em seu site que o PMMA não é indicado para procedimentos estéticos, sendo aprovado pela agência somente para fins corretivos. De acordo com o CFM, o Brasil se destaca como um dos poucos países onde o PMMA ainda é utilizado com finalidade estética, especialmente em grandes volumes para o preenchimento da região glútea. O conselho argumenta que o uso de PMMA para fins estéticos na região glútea, em volumes consideráveis, está em desacordo com as recomendações de sociedades médicas de especialidade há mais de uma década. O CFM enfatiza que esse uso crescente, inclusive por profissionais não médicos, causa imenso dano à população. O documento aponta ainda a impossibilidade de prever quais indivíduos serão mais suscetíveis a reações adversas e quando elas podem ocorrer. Em seu encerramento, o CFM reforça o compromisso com a boa prática médica, colocando-se à disposição para auxiliar na condução do assunto, acreditando que o esforço conjunto contribui para a proteção da sociedade.Esta decisão representa uma mudança significativa no posicionamento do CFM, que em julho do ano passado ainda não tinha uma posição definitiva sobre o PMMA. Na ocasião, o presidente do CFM criticou a decisão do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) de pedir à Anvisa o banimento da substância. O CFM argumentava que o Cremesp, como órgão regional, não tinha competência para solicitar a Anvisa, agência de abrangência nacional, sendo a prerrogativa do CFM. O Cremesp havia acionado a Anvisa na mesma semana em que a influenciadora digital Aline Ferreira, 33 anos, morreu após complicações decorrentes da aplicação de PMMA nos glúteos. Em julho, a Anvisa afirmou que estava analisando todas as evidências e informações apresentadas, reiterando o compromisso com a missão de garantir a segurança, eficácia e qualidade dos produtos utilizados na área da saúde, visando a proteção do paciente consumidor
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