Setor prevê migração para compra 'híbrida' e maior fiscalização g1
Os últimos acontecimentos envolvendo o site de viagens Hurb, antigo Hotel Urbano, causou alvoroço nas redes e foi o prenuncio de uma crise de confiança dos consumidores no mercado e na companhia.
Mas afinal, quais são os riscos atrelados a esse modelo de negócio? Veja essas e outras respostas abaixo.O caso do Hurb pode afetar outras empresas do setor? “O Código de Defesa do Consumidor [CDC] e até o próprio Código Civil determinam que, em contratos de adesão que possuam clausulas ambíguas ou contraditórias, a decisão sempre será mais favorável ao aderente, ou seja, o consumidor”, explica Dias, da FGV Direito. Clientes compram pacotes de viagens com a empresa Hurb e dizem não conseguir viajar
Para especialistas, apesar desse modelo ter sido bastante promissor para a companhia, o principal risco é o de não conseguir garantir os preços dos pacotes. O resultado é a dificuldade da operadora em encontrar datas que encaixem com o que já foi pago pelo consumidor. Segundo Dias, da FGV Direito, apesar dos acontecimentos impossíveis de prever, como a pandemia de Covid-19, tudo leva a crer que houve um “excesso de otimismo” do mercado em relação a esses modelos de negócio.
Já para Strauss, da Abav-RJ, a melhor forma de promover uma maior segurança do setor seria a promoção de uma “fiscalização mais contundente dos órgãos regulatórios, como o Ministério do Turismo, e a adoção de um seguro de Responsabilidade Civil que cubra problemas com os serviços de fornecedores que fazem parte desse pacote”.
Já a o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo , Carlos Bernardo, informou em nota que a entidade pediu aos hotéis que cumprissem o que foi acordado com o Hurb, recebendo os hóspedes que reservaram por meio da companhia. A recomendação também é que esses clientes não sejam cobrados pelos hotéis, mas apenas pelos acordos e contratos feitos previamente com o Hurb.
A companhia reforça que busca priorizar as sugestões de datas preenchidas no Formulário enviado ao viajante, mas, caso não seja possível encontrar voos dentro do tarifário promocional e do regulamento do pacote comprado, é enviada uma outra opção disponível, considerando a validade do pacote, tudo de acordo com os termos do regulamento.
No Reclame Aqui, por exemplo, em março, levava-se 19 dias para a primeira resposta ao cliente. Em abril, esse número caiu para 6 dias e o time continua trabalhando para diminuir ainda mais esse intervalo. Também já foi respondido a maioria das indagações nesse portal.
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