Advogados do ministro afirmam que decisão da CVM de arquivar suspeitas sobre ele foi ignorada pelos procuradores do MPF
O ministro da Economia, Paulo Guedes Adriano Machado/ReutersA defesa do ministro da Economia, Paulo Guedes, enviou nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal uma manifestação na qual acusa os procuradores da força-tarefa da Operação Greenfield, que apura desvios em fundos de pensão, de “ocultarem” provas que favoreceriam Guedes nas investigações contra ele.
A petição de Guedes foi apresentada ao Supremo no âmbito de uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental movida pelo PDT para pedir o afastamento dele do ministério até que as investigações da força-tarefa da Greenfield sejam concluídas. “Mesmo diante da perpetuação de procedimentos investigatórios sem qualquer lastro indiciário, tem-se, na ocultação destas provas, o pior dos constrangimentos ilegais, pois confirma o ímpeto dos membros do Ministério Público em perdurar com a investigação, mesmo cientes da atipicidade dos fatos”, sustentam os advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso, Marcelo Neves e Célio Rabelo.
Em parecer apresentado ao STF pela defesa de Guedes, a CVM arquiva a representação afirmando que não foram encontrados “indícios de prática de atos ilícitos ou descumprimento do dever dos requisitos legais e normas em vigor, por parte do Administrador e dos Gestores” e “tampouco foram observadas anomalia nos preços dos ativos adquiridos pelo Fundo, tendo eles se comportado de acordo com as características de sua classe e perfil de risco”.
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