Promotores investigam se a Afipe usou dinheiro de doações para comprar imóveis e fazendas; Advogados do Padre Robson, presidente da entidade, negam crimes G1
A Associação Filhos do Pai Eterno , que administra o Santuário Basílica de Trindade, se tornou “uma grande empresa”, segundo o Ministério Público, que realizou uma operação para apurar os gastos da entidade. Os promotores investigam se a associação desviou R$ 120 milhões de doações para comprar casa de praia e fazendas.
“Para que nós possamos chegar a essa evangelização do maior e do melhor modo possível, nós precisávamos de investimentos. Esses investimentos nunca foram exclusivamente em conta corrente. Muitos deles são em atividades, negócios que existem e todo seu rendimento é aplicado nas atividades fins da Afipe”, disse Klaus Marques, um dos advogados do padre Robson e da Afipe.
Todas essas empresas funcionavam no mesmo endereço, em um prédio na Avenida Jamel Cecílio, em Goiânia. Além disso, com exceção da WKS, todas elas tinham o mesmo contador, que é “o mesmo das pessoas jurídicas ligadas à Afipe: José Pereira César, a empresa Auditec”. Na decisão que autorizou as buscas e apreensões e também o sequestro de bens dentro da operação, consta que a KD Administradoras de Bens recebeu como pagamento dezenas de imóveis de propriedades da Afipe, “e que em todas as transações foram evidentes os prejuízos suportados pelas associações”.
Entre as outras empresas que são investigadas por manter movimentação suspeita com a Afipe estão o Auto Posto Kurujão, Kurujão Administradora de Bens e a Sul Brasil Rádio e Televisão.Caso de extorsão originou ação A investigação apontou que o padre foi extorquido durante dois meses, entre março e abril de 2017, e que teria repassado parte do valor solicitado usando dinheiro da Afipe. No entanto, na ocasião, a entidade disse que “não teve nenhum prejuízo financeiro e todo o valor já voltou para a instituição”.
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