O relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revela o crescimento do lucro de organizações criminosas com atividades como golpes virtuais, furtos de celulares e comércio paralelo de combustíveis, ouro, tabaco e bebidas.
Um relatório divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelou que organizações criminosas no Brasil arrecadaram R$ 186 bilhões entre julho de 2022 e julho de 2023, com crimes virtuais e furtos de celulares . O estudo destaca a capacidade de adaptação do crime às evoluções tecnológicas, com o avanço das facções em atividades como golpes pela internet e roubos de dispositivos.
\A receita estimada com o comércio paralelo de combustíveis, ouro, cigarro e bebidas em 2022 foi de R$ 147 bilhões, enquanto que a venda de cocaína gerou R$ 15 bilhões. O setor de combustíveis e lubrificantes lidera a fatia de receitas ilegais, com um total estimado de R$ 61,5 bilhões, seguido pelo mercado de bebidas, com R$ 56,9 bilhões. O ouro e o tabaco aparecem em seguida, com R$ 18,2 bilhões e R$ 10,3 bilhões, respectivamente.\Pesquisadores do FBSP apontam que a alta circulação e a demanda por esses mercados, combinadas com a falta de controle estatal, explicam o interesse das facções em atuar nesses setores. No entanto, o relatório ressalta que os mercados de drogas e armas continuam sendo atividades centrais para o crime organizado. O estudo também enfatiza que as atividades ilícitas se entrelaçam, formando um ecossistema que ultrapassa o narcotráfico e contrabando tradicionais. O relatório aponta que a falta de integração de dados e informações entre órgãos como Receita Federal, Polícia Federal e agências reguladoras prejudica o enfrentamento ao crime organizado
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