O presidente americano Donald Trump ameaçou impor tarifas a produtos japoneses se o déficit comercial dos Estados Unidos com o Japão não for equilibrado. Em resposta, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, fez concessões para evitar uma guerra comercial. Os líderes também concordaram em cooperar mais estreitamente para combater a influência da China.
O presidente Donald Trump ameaçou, na sexta-feira, 7 de julho, impor tarifas a produtos japoneses caso o déficit comercial dos Estados Unidos com o Japão não seja equilibrado. No entanto, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, evitou uma guerra comercial aberta, fazendo concessões. Os dois líderes também se comprometeram a trabalhar juntos nos níveis econômico e de segurança para enfrentar a influência da China. Segundo Trump, as tarifas seriam uma opção se o déficit não se equilibrar.
'Não acho que terei qualquer problema' para chegar a um acordo, previu ele na Casa Branca, ao lado de Ishiba. Questionado em entrevista coletiva sobre essa perspectiva e sobre possíveis retaliações comerciais por parte do Japão, Ishiba disse que não gostaria de responder a uma 'pergunta hipotética'. 'É uma resposta muito boa. Ele sabe o que está fazendo', comentou Trump. Ishiba havia dito anteriormente que o republicano assustava pela televisão, mas que era 'muito franco e poderoso' pessoalmente. Ao retornar à Casa Branca, Trump prometeu corrigir os déficits comerciais dos Estados Unidos, a maior potência mundial. Segundo um estudo feito para o Congresso, o país registrou um déficit de 72 bilhões de dólares no comércio de mercadorias com o Japão em 2023. Trump também prometeu que serão anunciadas na próxima semana tarifas aduaneiras 'recíprocas' com todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos. Gás e investimentos O presidente americano anunciou que o Japão prometeu comprar 'quantidades recorde' de gás natural americano para reduzir o déficit comercial. O objetivo é reforçar a segurança energética no Japão e, ao mesmo tempo, permitir que Trump promova uma vitória econômica. Shigeru Ishiba prometeu que o Japão faria 'investimentos sem precedentes' nos Estados Unidos. 'O objetivo é 1 trilhão de dólares', declarou. Recentemente, o gigante japonês SoftBank Group, cujo dirigente Masayoshi Son é próximo de Trump, somou-se a um importante projeto de investimento em inteligência artificial nos Estados Unidos. A siderúrgica U.S. Steel será uma das beneficiárias desses novos investimentos, por meio da japonesa Nippon Steel, afirmou Trump, confirmando que uma aquisição não está mais nos planos. Durante a reunião, foram discutidos temas de defesa regional, incluindo as ambições da China em relação a Taiwan e as relações com a Coreia do Norte. 'Agressão econômica chinesa' O Japão, que tem cerca de 54.000 soldados americanos em seu território, principalmente na região de Okinawa, está preocupado com as ambições territoriais de Pequim. Os confrontos se multiplicaram nos últimos meses entre os governos chinês e japonês. Trump disse na entrevista coletiva que havia concordado com Ishiba em 'cooperar ainda mais estreitamente para combater a agressão econômica chinesa'. Os dois líderes também criticaram, em declaração conjunta, o que chamaram de 'atividades provocadoras' de Pequim no Mar do Sul da China
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