Uma nova pesquisa do Instituto Fogo Cruzado revela que a Zona Norte do Rio de Janeiro foi a região mais afetada por casos de vítimas de bala perdida em 2024, com 51 pessoas feridas, representando 48% dos casos registrados no Grande Rio. A maioria das vítimas foi atingida durante ações policiais.
Rio - A Zona Norte foi a região do Grande Rio com o maior número de casos de vítimas de bala perdida em 2024. Segundo levantamento do Instituto Fogo Cruzado, 51 pessoas (48% do total) ficaram feridas nesta região. A maioria delas (82%) foi atingida durante ações policiais.Ainda de acordo com o balanço, a Zona Sul da capital não registrou nenhum caso de bala perdida no ano passado.
Os dados coletados até 16 de dezembro revelam que, no total, 106 pessoas foram vitimadas: 51 na Zona Norte, 24 na Baixada Fluminense, 20 na Zona Oeste, 9 no Leste Metropolitano e 2 na Região Central. Um dos casos mais recentes aconteceu no dia 9 de dezembro, quando Alessa Brasil Vitorino, de 30 anos, morreu após ser atingida por uma bala perdida no Complexo da Maré. Na ocasião, policiais civis e militares realizavam uma nova fase da Operação Torniquete, na Vila do João. Alessa levava uma amiga para a comunidade quando foi atingida nas costas. Quatro dias antes, a violência na Zona Norte já havia feito mais uma vítima. Kamila Vitoria Aparecida, de 12 anos, foi morta durante um tiroteio na favela da Guarda, em Del Castilho. A menina brincava em uma quadra de futebol quando criminosos trocaram tiros no local. Kamila chegou a ser socorrida para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Militar alegou que não havia ação na comunidade no momento em que a criança foi ferida. Zona Norte também teve maior número de tiroteios Em um outro levantamento, o Instituto Fogo Cruzado concluiu que o Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, teve 8 vezes mais tiroteios em disputas entre facções rivais do que em 2023. Do Grande Rio, a localidade foi a que mais teve troca de tiros em 2024. Os tiroteios deixaram ao menos 20 pessoas baleadas. Dos 71 tiroteios registrados, 33 foram em disputas territoriais. Isso representa um aumento de 725% nos confrontos, comparado ao mesmo período do ano passad
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