O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou em Davos que o Brasil perdeu relevância como mediador no conflito com a Rússia. Zelensky expressou frustração com a falta de apoio do Brasil durante a guerra, especialmente após o presidente Lula não convidá-lo para a cúpula do G20 em novembro. O chefe de gabinete da Ucrânia, Andriy Yermak, também lamentou o estado da relação com o Brasil, mas afirmou que a voz brasileira é importante para lidar com a Rússia.
O presidente da Ucrânia , Volodymyr Zelensky , afirmou nesta quarta-feira, 22, que o 'trem do Brasil passou', citando a perda de relevância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como possível mediador para o fim do conflito do país com a Rússia . 'Acho que o trem do Brasil , pra ser sincero, passou. Falei com Lula, nos reunimos e pedi que ele fosse um parceiro para acabar com a guerra. Agora ele não é mais um 'player'', disse no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
+ ‘Infelizmente não é a relação que queremos’, diz chefe de gabinete da Ucrânia sobre Brasil A fala segue alguns atritos recentes entre Zelensky e o presidente Lula. No ano passado, o ucraniano questionou o papel do Brasil como intermediador das negociações de paz, dizendo duvidar do 'real interesse' de Brasil e China para liderar o diálogo entre Kiev e Moscou e acusando o governo federal de ter aliança com Vladimir Putin. Em entrevista coletiva a um grupo de jornalistas brasileiros na semana passada, o chefe de gabinete do governo da Ucrânia, Andriy Yermak, lamentou o estado da relação entre Kiev e Brasília, dizendo que, 'infelizmente, não é a relação que queremos, mas vamos continuar de coração aberto', sobretudo porque 'a voz do Brasil é importante para lidar com a Rússia'. 'Toda relação depende de duas partes. Da nossa parte, demonstramos nosso interesse e esperamos que, em algum momento, essa relação esteja no nível que queremos que esteja. É o que temos', afirmou, expressando incômodo com a falta de convite ao presidente Volodymyr Zelensky durante a cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, em novembro passado. Após o encontro do grupo das maiores economias do mundo, o presidente ucraniano criticou a 'posição fraca' da declaração do G20 sobre a guerra na Ucrânia, que não mencionou Moscou. Yermak adotou ainda um tom mais conciliador do que o do presidente, dizendo que, sobretudo no caso de crianças ucranianas ilegalmente deportadas para a Rússia, o Brasil pode ter um papel mais proeminente por conta de sua posição como 'um dos líderes globais na manutenção da paz e da Justiça'. 'O Brasil pode, nesse caso, se engajar em mediação com os russos para ajudar que as crianças voltem para suas casas. A voz do Brasil é importante para lidar com a Rússia', disse. 'Em territórios ocupados ilegalmente, a Rússia muda a cidadania e o nome das crianças, falsificando suas origens. Não são apenas crimes de guerra, mas tentativas calculadas de apagar a identidade nacional. Essas crianças estão sendo privadas de suas histórias.
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