Milhares de pessoas tentam deixar o país em meio ao caos, arriscando pagar altas quantias a traficantes de pessoas, desaparecer no percurso ou ser deportado
Milhares de pessoas tentam deixar o país em meio ao caos, arriscando pagar altas quantias a traficantes de pessoas, desaparecer no percurso ou ser deportadoMilhares de haitianos arriscam suas vidas em rotas perigosas para fugir da violência e pobreza. Muitos desaparecem no mar ou são deportados. Programas humanitários nos EUA beneficiaram alguns, mas as deportações aumentaram. A crise no Haiti persiste, com novas rotas migratórias surgindo e outras se fechando.
Os altos custos de renovação de passaportes e obtenção de vistos, aliados à falta de alternativas legais para a migração, levaram muitos haitianos a recorrer a redes de tráfico de pessoas que prometem levá-los aos Estados Unidos por quantias exorbitantes.
No entanto, a demanda superou em muito a oferta. E, embora tenha sido útil para muitos, não conteve o fluxo crescente de migração. Agora, o presidente eleito Donald Trump — altamente crítico desse sistema — prometeu acabar com ele. Paralelamente, as deportações aumentaram 46% somente em março, atingindo mais de 13 mil haitianos naquele mês, o último com dados disponíveis da OIM, que precisou deixar o Haiti.
Sua análise conclui que a permissão humanitária reduziu as tentativas de travessia irregular ao oferecer uma alternativa regulamentada e permitir uma melhor compreensão dos padrões de migração.O Haiti tem sido abalado pela violência há anos, com gangues armadas lutando pelo controle do território.
Trump, por sua vez, descreveu o uso da liberdade condicional humanitária como um “abuso ultrajante” e advertiu que expulsará centenas de milhares de migrantes que entraram nos EUA sob os programas promovidos por Biden. A possível eliminação dessas políticas gera preocupações entre os haitianos que, nesse contexto, são largados à própria sorte em meio a uma crise desenfreada e sem perspectiva de salvação.
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