Wálter Maierovitch: A foto premiada que Lula precisa ver: a dor causada pela invasão russa
Saiu o resultado da 66ª edição do famoso e respeitado prêmio World Press Photo, e quem levou o prêmio foi o jornalista e fotógrafo Evgeniy Maloletka, um ucraniano de 36 anos de idade. Ele concorreu com fotos de 3.751 colegas de 127 países.
A foto vencedora foi tirada na cidade ucraniana de Mariupol, bombardeada, arrasada e invadida pelos russos em 24 de fevereiro de 2022. AMaloletka e mais dois colegas da agência noticiosa Associated Press estavam escondidos no hospital de Mariupol, comprovadamente não poupado pelas bombas russas. Os civis — vitimas não respeitadas pelos russos e os mercenários da Wagner contratados por Putin em flagrante violação à Convenção da ONU — fugiam das bombas. Mariupol contava com cerca de 450 mil habitantes. É estratégica pois fica no leste do país e na costa norte do mar de Azov.As autoridades de Moscou tomaram ciência da foto quando da sua publicação em 9 de março de 2022.
Tudo ficou comprovado. E os dois jornalistas da Associated Press, Mstylav Chernov e Vasilisa Stepanenko, entre bombas e explosões, debaixo das escadas do hospital, testemunharam os ataques e a ferocidade russa. E premiou-se o profissionalismo heroico de Maloletka, que saiu à rua para retratar a tragédia.Por ter representado perfeitamente, com um clique da máquina, o sofrimento causado pela invasão russa da Ucrânia.
A Rússia alega defesa legítima. Defesa contra o governo nazista ucraniano e a garantia da autodeterminação dos russos na região do Donbass e Kharkiv.E as Nações Unidas, desde 1945, possuem uma corte arbitral e consultiva — a famosa Corte de Haia —, cujo verdadeiro nome é Corte Internacional de Justiça. Os seus juízes são eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança.
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