Presidente imprime traço autoritário ao governo com avalanche de decretos que desorientam opositores
Intimidação e retaliação a adversários políticos permearam fortemente a primeira semana de Donald Trump no retorno à Casa Branca, seja na retirada de proteções do Serviço Secreto a antigos colaboradores que viraram críticos, no perdão a 1,5 mil manifestantes do 6 de janeiro que usaram a violência contra policiais e no expurgo de fiscais independentes, responsáveis por auditorias de agências federais.
A caneta de Trump imprimiu o traço autoritário do governo e enterrou as políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão implementadas pelo antecessor Joe Biden. Tornou invisíveis cerca de três milhões de americanos transgêneros, estabelecendo apenas dois gêneros, masculino e feminino, para a população.
Neste segundo mandato, o presidente modula com firmeza o tom da vingança a quem lhe pareceu desleal. Demitiu por rede social conselheiros consultivos do governo. E revogou as proteções de segurança de John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional, e de Mike Pompeo, seu ex-secretário de Estado, apesar de ambos terem sido ameaçados pelo Irã.
A Fema, agência federal para gerenciamento de emergências, deverá ser eliminada ou reformada, conforme anunciou ele em visita à Califórnia e à Carolina do Norte, devastadas por incêndios florestais e pelo furacão Helene. Cada estado que lide com os seus próprios desastres.Não digam que ele não avisou; ao contrário, sua equipe preparou minuciosamente a avalanche de decretos.