O vereador Genilson Costa foi preso durante uma operação da Polícia Federal por suspeitas de receber apoio financeiro do tráfico de drogas para comprar votos nas eleições municipais de 2024.
O vereador e presidente da Câmara de Boa Vista (RR), Genilson Costa (Republicanos), foi preso durante uma operação da Polícia Federal, nesta quarta-feira (18), suspeito de receber apoio financeiro do tráfico de drogas para a compra de votos, durante as eleições municipais de 2024. O parlamentar começou a ser investigado pela PF em 5 de dezembro, após a prisão de 10 pessoas suspeitas de corrupção eleitoral.
Durante as eleições municipais, um homem, apontado como líder de campanha eleitoral de Genilson Costa, teria instigado eleitores a votar no candidato, que disputava a reeleição ao cargo de vereador em Boa Vista. Segundo a PF, os eleitores teriam recebido entre R$ 100 e R$ 150. Em 6 de dezembro, uma busca e apreensão conduzida pela corporação identificou a prática de inúmeros crimes eleitorais, culminando na prisão em flagrante do candidato pela prática dos crimes de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e por ter ouro em sua residência. Contudo, Genilson foi liberado após solicitar um habeas corpus. Segundo os investigadores, o esquema contava com apoio de agentes da Polícia Militar de Roraima que informavam o vereador sobre denúncias recebidas referentes à compra de votos. Além disso, ainda de acordo com a PF, o vereador possuía um grupo em aplicativo de mensagens onde os envolvidos faziam prestação de contas sobre os crimes. No total, o esquema teria movimentado R$ 1 milhão. O inquérito policial apontou que Costa também recebeu apoio do tráfico de drogas na disputa à presidência da Câmara de Boa Vista. Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, transporte ilegal de eleitores, violação do sigilo do voto, violação de sigilo funcional, prevaricação e lavagem de dinheiro. Ao todo, durante a operação intitulada Martellus, são cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça da 1ª Zona Eleitoral de Roraim
CORRUPÇÃO ELEITORAL TRAFIQUE PRESIDÊNCIA DA CÂMARA POLÍCIA FEDERAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS
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