Em meio a conflitos entre grupos armados colombianos na região de Catatumbo, a Venezuela iniciou uma operação militar com 5 mil soldados na fronteira, buscando evitar o acesso de grupos armados ao seu território.
A Venezuela lançou uma operação militar com 5 mil soldados nesta sexta-feira 31 na região de Catatumbo , na fronteira com a Colômbia. A área tem sido palco de conflitos entre grupos armados colombianos que deixaram 54 mortos nos últimos dias, segundo as autoridades. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro , anunciou a operação 'Relâmpago de Catatumbo ' em áudio compartilhado nas redes sociais. 'Começou a Operação 'Relâmpago de Catatumbo ' (...
) em toda a fronteira com nossa irmã Colômbia, em coordenação com o governo do presidente Gustavo Petro', afirmou Maduro. Exercícios militares nesta área são realizados três vezes por ano, de acordo com o governo venezuelano. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, explicou que a operação busca 'evitar' que grupos armados que lutam na Colômbia tenham acesso ao território venezuelano. Padrino López descreveu os combates como um 'conflito territorial nas rotas do narcotráfico' e afirmou que essas situações na fronteira representam 'grandes ameaças' porque buscam 'propiciar a guerra civil', a 'fragmentação do Estado', a desordem e o caos. O presidente colombiano, Gustavo Petro, também mencionou a colaboração entre os exércitos na luta contra o ELN — Exército de Libertação Nacional. 'Uma fronteira sem máfias deve ser o objetivo final para a paz da população, a paz e a soberania', acrescentou Petro. Os confrontos em Catatumbo, no nordeste da Colômbia, deixaram 54 mortos, 11 feridos, 12 desaparecidos e 48 mil deslocados desde meados de janeiro. O ELN tem atacado dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), um grupo armado rival que não assinou o acordo de paz de 2016, bem como civis. O governo colombiano enviou mais de 10 mil membros das forças de segurança para a região. Esta é a pior crise de segurança da Colômbia em uma década e frustra as esperanças do governo Petro de desarmar o ELN, com o qual relançou as negociações em 2022. Os ataques do grupo também prejudicam as relações do país com a Venezuela, já tensas após a disputada reeleição de Maduro como presidente em julho. Serviços de inteligência colombianos suspeitam há anos que a Venezuela serve como base para grupos armados, o que Caracas nega
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