Objetivo da organização é atuar para uma ‘resposta unificada necessária’ em meio ao surto que já atinge 42 nações, entre elas o Brasil
A Organização Mundial da Saúde passou a suprimir das estatísticas sobre a varíola dos macacos a distinção entre países endêmicos e não endêmicos. A mudança, segundo a organização, é para facilitar a elaboração de uma "resposta unificada" ao vírus monkeypox.
De acordo com o documento, foram relatados 2.103 casos da varíola dos macacos em 42 países neste ano, além de um óbito, na Nigéria, e uma outra morte suspeita. De modo diferente de como acontecia anteriormente, com os registros concentrados no continente africano, agora a maioria das confirmações ocorreu na Europa, com 1.773 casos.
— O surto global da varíola dos macacos é claramente incomum e preocupante. É por essa razão que decidi convocar o comitê de emergência, sob os regulamentos internacionais de saúde, na próxima semana, para avaliar se esse surto representa uma emergência de saúde pública de interesse internacional — afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa na última terça-feira.
Existem duas variantes conhecidas do vírus monkeypox, associadas à África Ocidental e à África Central na região do Congo . A primeira, causa do surto atual, é mais leve, com taxa de mortalidade de cerca de 1%. Ainda assim, não foram registradas mortes até agora entre os mais de mil casos identificados em lugares não endêmicos.