A União Europeia aprovou uma nova ronda de sanções contra a Rússia, a décima sexta desde o início da invasão ucraniana há três anos. As sanções visam fechar lacunas nas medidas anteriores, prohibitando transações com portos e aeroportos russos que possam eludir os limites de preços sobre o petróleo e adicionando 73 navios à lista de embarcações em sombra.
A União Europeia mantém a pressão sobre a Rússia , mesmo em face do súbito acercamiento entre o país agressor da Ucrânia e Estados Unidos. Nesta quarta-feira, os 27 países aprovaram oficialmente uma nova ronda de sanções contra Moscovo, a décima sexta, vésperas do terceiro aniversário do início da invasão russa, que se comemora no próximo dia 24 de abril.
O objetivo dos novos castigos é fechar ainda mais as possíveis vias de escape das sanções anteriores, proibindo as transacções com portos e aeroportos russos que possam servir para contornar os limites de preços sobre o petróleo daquele país e adicionando 73 navios à lista que compõe a frota em sombra. Este acordo do Conselho, que será formalmente ratificado pelos ministros de Estado em sua reunião no próximo dia 24 de abril, surge horas antes de um grupo de líderes da UE se reunirem por videoconferência num encontro organizado pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Este encontro sucede, por sua vez, dois dias depois de outros dirigentes — incluindo Pedro Sánchez — terem se reunido em Paris e não terem conseguido chegar a uma posição comum sobre o papel que devem desempenhar nas negociações de paz. Para tentar alcançar este consenso, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, tem intensificado, nestes dias, contactos bilaterais com os chefes de Estado e de Governo dos Estados membros. Fontes comunitárias apontam que, nessas conversas, o português aborda dois temas fundamentais: o que os países estão dispostos a fazer para apoiar a Ucrânia e que garantias de segurança podem ser oferecidas. Esta ronda é independente dos encontros organizados por Macron. Da iniciativa foram informados os embaixadores dos Estados membros, o órgão que já deu o visto verde às sanções. O novo pacote de sanções foi aprovado com grande rapidez. A presidência polaca do Conselho da UE, um país marcadamente hostil ao regime de Vladimir Putin, o conseguiu em poucas semanas, se comparado com o anterior. Nesse caso, a tramitação correspondia à Hungria, que era o Estado com a presidência de turno do Conselho e que é o principal aliado de Moscovo na União. Além das sanções a portos, aeroportos e navios, o pacote também inclui a desconexão de 13 bancos do sistema de pagamentos internacionais (SWIFT) e a outro tipo de entidades financeiras, segundo fontes diplomáticas. Também se alarga a lista de pessoas e entidades sancionadas, incluindo 48 novos indivíduos e 35 entidades. Aqueles que constam nesta lista têm proibida a entrada em países da União e os seus activos que possam ter nos Estados membros são congelados. Outra penalidade deste novo pacote é a retirada de licenças de emissão a oito meios de comunicação russos. Por fim, são decretados vetos sobre novas importações e exportações (produtos químicos, alumínio, serviços a raffinerie...) para a Rússia
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União Europeia Estuda Novas Sanções Contra a RússiaA União Europeia (UE) está considerando um novo pacote de sanções contra a Rússia, que pode incluir a proibição gradual da importação de alumínio russo e a remoção de mais instituições financeiras do sistema Swift. O pacote também poderá incluir mais de 70 embarcações que fazem parte da 'frota fantasma' russa, utilizada para contornar as sanções europeias no envio de petróleo. A proposta ainda precisa ser aprovada por todos os Estados-membros da UE.
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