O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de até 25% sobre produtos importados do Canadá e México, e 10% da China, em resposta à percepção de má gestão dos governos desses países em relação à migração e ao tráfico de drogas. A medida, criticada por economistas, pode aumentar os preços para os consumidores americanos, como demonstra o caso das tarifas impostas em 2018 sobre máquinas de lavar.
Em 2018, o primeiro governo de Trump impôs tarifas às máquinas de lavar importadas. — Foto: Getty Images
A medida está relacionada à percepção do presidente dos EUA sobre a má gestão dos governos desses países em relação à migração e ao tráfico de drogas. E segundo o republicano, a imposição de tarifas contra as economias mexicana, canadense e chinesa continuará até que os países cooperem com os Estados Unidos na luta contra a "grande ameaça de imigrantes ilegais e drogas mortais".
Longe de enriquecê-las, as famílias tiveram que pagar preços mais altos. E a arrecadação de impostos resultante da imposição de tarifas foi muito baixa em comparação com o que o governo arrecada por meio de impostos individuais e corporativos. A ideia da tarifa, que é um imposto sobre produtos importados, era proteger os produtores locais contra a entrada massiva de máquinas de lavar muito baratas do exterior, no que é conhecido como um caso de concorrência desleal ou dumping.
Uma das consequências dessa experiência é que não apenas o preço das máquinas de lavar importadas subiu, mas os produtores locais também aumentaram os preços. A Associação de Líderes da Indústria de Varejo dos EUA, que inclui grandes nomes como Home Depot, Target e Walgreens, alertou sobre o risco do aumento dos preços para os consumidores americanos nas lojas.
Outros think tanks, como a conservadora Tax Foundation, publicam pesquisas há anos sobre os danos econômicos causados pelas tarifas nos EUA. Com a nova de tarifa de 25%, o importador americano que importa, por exemplo, abacates, tomates, autopeças, cerveja, aço ou qualquer outro produto mexicano terá que pagar esse valor extra.
A aplicação de tarifas "romperia com a ideia de um acordo comercial", explica Valeria Moy, diretora geral do Centro de Pesquisa em Políticas Públicas, IMCO. "É como dizer 'não me interessa'"
Tarifas Migração Impostos Economia Trump
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