O presidente americano Donald Trump anunciou novas tarifas contra países que cobram impostos de produtos americanos, incluindo o Brasil. A medida, que busca implementar o comércio recíproco, pode afetar todos os países que comercializam com os Estados Unidos e gerar impacto na economia global.
Donald Trump anunciou novas tarifas contra países que aplicam impostos a produtos americanos, incluindo o Brasil. A medida, parte da continuação da guerra comercial iniciada por Trump, pode afetar todos os países que comercializam com os Estados Unidos. O presidente busca implementar o que chama de comércio recíproco, utilizando diversos instrumentos para estabelecer relações comerciais consideradas justas por ele.
A resposta será personalizada, variando de acordo com as barreiras comerciais impostas por cada país. A Casa Branca citou o Brasil como exemplo de parceiro comercial que não trata os Estados Unidos de forma recíproca, mencionando especificamente o etanol. O Brasil cobra um tributo de 18% sobre o etanol americano importado, enquanto os Estados Unidos aplicam uma taxa de 2,5% para a entrada do etanol brasileiro. Em 2024, o Brasil exportou mais de 300.000 m³ de etanol para os Estados Unidos, em transações que somaram US$ 180 milhões. No mesmo ano, o Brasil importou dos Estados Unidos 110.000 m³ do biocombustível, representando US$ 50 milhões. Em média, o governo americano cobra 1,5% de taxa sobre produtos provenientes do Brasil, enquanto o Brasil, em média, cobra 11% sobre importações americanas. Trump tem criticado o Brasil e a Índia por impostos excessivos. Trump assinou um memorando no Salão Oval, direcionando o secretário e o representante comercial a desenvolverem os próximos passos. Eles terão 180 dias para apresentar um relatório com recomendações e soluções para cada país. O foco será em países com os quais os Estados Unidos têm os maiores déficits comerciais. O secretário de Comércio, Howard Lutnick, declarou que algumas tarifas podem entrar em vigor antes da data limite, no início de abril. O argumento é que o déficit comercial ameaça a segurança econômica e nacional do país. Na assinatura, Trump afirmou que os Estados Unidos foram tratados injustamente por anos, tanto por amigos quanto por adversários, defendendo o sistema de 'o que eles cobram, nós cobramos'. Trump também ameaçou países do grupo BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e seis nações mais, caso queiram explorar alternativas ao dólar. Ele afirmou que poderá impor tarifas de 100% a esses países. O anúncio foi feito horas antes da chegada do primeiro-ministro da Índia, alvo de críticas de Trump por ser um dos países mais protecionistas do mundo. A medida pode ter grande impacto na quarta maior economia mundial e nos Estados Unidos. Economistas alertam que as tarifas aumentarão os preços para os consumidores americanos, pois a indústria, que pagará mais, repassará o custo. Após o anúncio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o governo brasileiro aguarde a efetividade das tarifas antes de tomar medidas, afirmando que o Brasil não precisa temer, já que a balança comercial é favorável aos Estados Unidos. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos são sólidas e reiterou a necessidade de cautela: 'Acho que o caminho é o caminho do diálogo. Quero reiterar aqui - estamos também fazendo um levantamento -, o caminho do comércio exterior é ganha-ganha. Ter reciprocidade não é alíquota igual. Reciprocidade é você onde você é mais competitivo, você vende mais. Onde você é menos competitivo, você compra. Produtos que você não tem, você adquire. Essa é a regra. E é nesse princípio que nós vamos trabalhar'
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