Vistos como aliados de Bolsonaro, Nunes Marques, Mendonça e Aras não deverão ser fiéis ao capitão após a transmissão da faixa presidencial a Lula. O trio, aliás, já faz afagos ao petista e promete canal aberto para o diálogo
Tão logo deixe o Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro deve perder a ascendência que certa vez gabou-se de ter sobre 20% do Supremo Tribunal Federal, graças às indicações de Kássio Nunes Marques e André Mendonça.
Mais do que isso, petistas sublinham traços do perfil da dupla na aposta de que os dois vão “lular”. Nunes Marques é visto como “pragmático”, inclinado ao alinhamento ao Planalto, não importa quem o ocupe. Experiente no jogo político, o ministro entende o peso dos gestos para a construção da influência. A prova ocorreu na atual gestão.
André Mendonça, na outra ponta, é classificado como um nome “técnico” e “diplomático” — justamente por isso, petistas descartam o risco de ele servir como ventríloquo à oposição. Melhor visto no PT do que Nunes Marques, o último indicado por Bolsonaro ao STF, ainda que tenha cedido ao presidente em alguns momentos, soube se impor.
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