Traficantes usam pandemia para criar 'Complexo de Israel' unindo 5 favelas na Zona Norte do Rio; quadrilha é suspeita de desaparecer com moradores e de impor religião a quem vive na área G1
Em meio à pandemia, a quadrilha de um traficante de drogas está invadindo comunidades, na Zona Norte da cidade, e criando um novo complexo de favelas. Na expansão de seu domínio, o criminoso tenta impor a religião, deixa rastro de pessoas desaparecidas e coloca barricadas à beira da Avenida Brasil, uma das principais vias de acesso à cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com a polícia, a união dessas cinco comunidades forma o Complexo de Israel — Foto: Reprodução No alto da Cidade Alta, na Zona Norte do Rio, os criminosos colocaram uma estrela de Davi — Foto: Reprodução Nove anos depois, em novembro de 2016, o bando cruzou a Avenida Brasil e chegou à Cidade Alta. Os confrontos durante sete meses.
O corpo de Luciano Castro Bonfim, de 35 anos, foi localizado às margens da Baía de Guanabara. Nos últimos dias, policiais também encontraram restos mortais em tonéis em outros três pontos da baía. Para não ser identificado, o policial acelerou e levou vários tiros. O PM se protegeu numa casa e conseguiu escapar. O caso é investigado pela delegacia de Brás de Pina, que apura ainda outra denúncia: a de que os moradores estão sendo revistados ao entrar e sair da rua e nos ônibus. Até os conteúdos dos telefones celulares são examinados pelos traficantes.
Peixão se intitula entre os criminosos como Arão, irmão de Moisés, da Bíblia. Seu braço direito no crime é Jeremias. E chama sua quadrilha de "Tropa do Arão". Peixão responde na Justiça por um ataque a um terreiro de candomblé, em abril de 2019, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
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