Dados do Copernicus revelam que janeiro de 2023 foi o 18º mês dos últimos 19 em que a temperatura média global superou 1,5°C em relação ao nível pré-industrial, surpreendendo especialistas. A Europa registrou o segundo janeiro mais quente da história, enquanto o Ártico atingiu o mínimo de extensão de gelo marinho para o mês.
Os dados do observatório europeu Copernicus, divulgados nesta quinta-feira (6), revelam que a temperatura média global do mês de janeiro registrou 13,23ºC, superando as expectativas dos especialistas. Segundo o relatório, este foi o 18º mês dos últimos 19 em que a temperatura média global ultrapassou 1,5°C em relação ao nível pré-industrial. Além disso, a temperatura média ficou 0,79°C acima da média registrada para janeiro no período entre 1991-2020.
A Europa experimentou o segundo janeiro mais quente da sua história. As temperaturas ficaram significativamente acima da média no sul e leste do continente, incluindo a Rússia ocidental, que apresentou as maiores anomalias quentes. Por outro lado, as temperaturas ficaram abaixo da média na Islândia, Reino Unido e Irlanda, norte da França e norte da Escandinávia. Fora da Europa, as temperaturas também se elevaram acima da média no nordeste do Canadá.Partes da África, América do Sul e Austrália também registraram temperaturas mais quentes do que a média, com a Austrália experimentando o segundo janeiro mais quente desde 1910. No Ártico, a extensão do gelo marinho atingiu seu menor valor para o mês. Samantha Burgess, membro da equipe Copernicus, afirmou que os resultados de janeiro surpreenderam o grupo, devido à manutenção dos recordes de temperatura observados nos últimos dois anos, apesar da influência do La Niña no Pacífico tropical e do efeito temporário de resfriamento nas temperaturas globais.
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