O mensageiro Telegram intensificou sua colaboração com autoridades brasileiras em 2024, fornecendo informações sobre 1.008 usuários em resposta a solicitações judiciais e policiais. Essa mudança reflete uma política de transparência mais ativa da plataforma, em contraste com sua postura anterior de dificultar o acesso a dados de usuários. O aumento da cooperação com as autoridades foi acompanhado por medidas de combate ao conteúdo ilegal, incluindo o desmantelamento de grupos e canais que compartilhavam materiais proibidos.
O mensageiro Telegram transmitiu informações de 1.008 usuários brasileiros para as autoridades brasileiras apenas durante o ano de 2024. Esse dado foi fornecido pelo próprio Telegram , obtido a partir de relatórios de transparência mantidos pelo mensageiro em todo o mundo e acessados pelo Núcleo nos casos válidos em território nacional. Apenas no ano passado, o aplicativo recebeu 302 solicitações policiais ou judiciais para fornecer detalhes sobre pessoas registradas no país.
Os dados incluem números de telefone ou endereços de IP e são fornecidos somente quando há comprovação de que os indivíduos estão sendo oficialmente investigados no país.Leia também: Hackers usam API do Telegram para espalhar malware que permite controlar dispositivos remotamenteO último trimestre de 2024 foi, de longe, o mais movimentado, com 99 pedidos ao serviço. A ferramenta recebeu ainda 75 solicitações no primeiro trimestre, 63 no segundo e 65 no terceiro. No caso dos Estados Unidos, o número de usuários que tiveram dados solicitados é mais do que o dobro, superando a marca de 2.200 pessoas em aproximadamente 900 solicitações. Os últimos meses do ano também registraram um 'boom' na quantidade de pedidos das autoridades.Por que o Telegram passou a colaborar? Os dados divulgados pelo Telegram reforçam uma mudança nas políticas de atuação da plataforma em relação a investigações e ações judiciais em andamento. Tradicionalmente, o mensageiro tendia a não repassar ou dificultava ao máximo o envio de dados a respeito de usuários, mesmo aqueles que encaravam processos ou eram suspeitos de crimes dos mais variados. A situação mudou radicalmente após agosto de 2024, quando o cofundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, foi preso na França. O executivo ainda responde a um processo no país por seis acusações, inclusive ser “cúmplice no gerenciamento de uma plataforma que permitia a prática de atividades ilícitas” e a dificuldade das autoridades na obtenção de dados de investigados — mesmo quando todos os trâmites legais eram seguidos.Saiba mais: Pavel Durov, fundador do Telegram, é oficialmente acusado de 6 crimes; veja quais Pouco tempo depois de ser solto, Durov começou a anunciar mudanças que incluíam uma moderação mais ativa e maior colaboração com autoridades de todo o mundo. Além disso, a ferramenta passou a ser mais atuante no desmantelamento de grupos e canais que compartilhavam materiais ilícitos, incluindo conteúdos de abuso infantil em parceria com agências especializadas. Ao todo, a plataforma removeu mais de 15 milhões de grupos e canais com conteúdo ilegal em 2024, ano em que passou também a equipar as ferramentas de moderação com recursos de inteligência artificial (IA).Acompanhe o TecMundo para saber mais sobre segurança digital, incluindo as principais novidades da área e dicas para uma maior privacidade na internet
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