Esta notícia analisa o fluxo comercial entre os Estados Unidos e o Brasil, revelando que os bens americanos entram no Brasil com taxas significativamente mais baixas do que outras nações parceiras. A análise desafia a alegação da Casa Branca de que o Brasil tem sido injusto com as exportações americanas, demonstrando que não existe uma grande discrepância nas taxas entre os dois países.
Donald Trump discursou à imprensa após assinar uma proclamação renomeando o Golfo do México como Golfo da América a bordo do avião presidencial. Separadamente, um estudo sobre o fluxo comercial entre os Estados Unidos e o Brasil revela que os bens americanos entram no Brasil com taxas inferiores às cobradas por outros países parceiros internacionais. A tarifa média do Brasil para o mundo é de 11%, enquanto a tarifa para os EUA é de menos de 5%.
Uma análise dos dados oficiais indica que 48,1% das importações de bens americanos no Brasil não pagaram nenhuma taxa, representando mais de US$ 15 bilhões. Produtos como carvão siderúrgico e petróleo fazem parte dessa lista de produtos isentos. Taxas de 0% a 2% também são cobradas em casos relacionados a motores e peças de produtos que, após montagem no Brasil, são reexportados. Dos dez produtos mais vendidos pelos EUA para o mercado brasileiro, oito deles têm tarifas inferiores a 3%. \Essas tarifas baixas, no entanto, não são resultados de alinhamento político ou acordos comerciais específicos. Elas são consequências do perfil da agenda comercial entre os dois países. Os dados coletados sobre as taxas de cada produto refutam a alegação da Casa Branca de que o Brasil tem sido 'injusto' com as exportações americanas. Além das tarifas anunciadas contra o aço de vários países, o governo americano promete adotar nesta semana um 'plano de reciprocidade'. Em outras palavras, os EUA adotariam tarifas equivalentes às que sofrem para entrar em um determinado mercado. \Apesar de as tarifas médias dos americanos para o mundo serem de apenas 3%, análises do comércio bilateral mostram que não há uma grande discrepância entre Brasil e EUA. No caso brasileiro, o levantamento revela que não haveria motivos para punir produtos brasileiros, pelo menos considerando o tratamento dado aos bens americanos. A esperança de membros do governo e do setor privado é de que, ao conceder um mês para que as tarifas entrem em vigor, Trump esteja sinalizando que deseja negociar. No mundo, diversas autoridades prometeram retaliações contra os EUA, mas, por enquanto, nenhuma medida concreta foi anunciada. Em um estudo da Câmara Americana de Comércio (Amcham), constata-se que os EUA contam com um saldo positivo no comércio com o Brasil. Em uma década, o saldo favorável na balança comercial aos americanos somou US$ 100,6 bilhões. Em 2023, o déficit brasileiro foi de US$ 5,3 bilhões. Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA atingiram um volume recorde de US$ 40,3 bilhões. Mas as importações brasileiras provenientes dos EUA totalizaram US$ 40,6 bilhões, um aumento de 6,9% em relação a 2023. Os dados oficiais do governo americano confirmaram que o Brasil é responsável pelo sétimo maior superávit comercial dos EUA. Mas, na sabatina no Senado, o novo representante comercial de Trump, Jamieson Greer, citou as diferenças tarifárias com Brasil e Vietnã
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