O aumento de tarifas americanas sobre aço e alumínio, previsto para março, causa incerteza no setor brasileiro. Empresas nacionais sem capital aberto, que respondem por 80% das exportações de aço, podem ser prejudicadas, como as operações brasileiras da ArcelorMittal e Ternium. Siderúrgicas brasileiras de capital aberto, como Gerdau, Usiminas e CSN, provavelmente não serão tão afetadas. A Gerdau, com produção nos EUA, pode até se beneficiar do cenário. O impacto também afeta o comércio bilateral, com risco de redução das importações brasileiras de produtos americanos.
Um dos setores mais tradicionais na economia e no comércio exterior brasileiro, a indústria de aço e alumínio enfrenta um futuro incerto desde que, um dos mais importantes destinos das exportações brasileiras de aço e alumínio, devem entrar em vigor em 12 de março.
A Gerdau, inclusive, pode até se beneficiar do novo cenário, por ter parte significativa da sua produção nos próprios EUA — apesar de ter sido fundada no Brasil, no Rio Grande do Sul. Mas, em 2023, ela comprou a Companhia Siderúrgica do Pecém — e essa operação pode ficar mais vulnerável agora. Em 2024, as empresas brasileiras importaram US$ 1,4 bilhão em carvão siderúrgico americano, utilizado para a produção do aço no Brasil.
Mas a Câmara Americana de Comércio no Brasil ressaltou que os EUA têm saldo positivo em sua relação com o Brasil. O próprio Brasil também pratica protecionismo no setor do aço. Em outubro, após mais de um ano de análise, a Câmara de Comércio Exterior elevou para 25% o imposto de importação para 11 tipos de produtos de ferro e de aço. Antes disso, esses produtos pagavam de 10,8% a 14% para entrarem no país.
A participação do Brasil no total de importações americanas de alumínio é pequena — menos de 1%. Mas do lado brasileiro, os EUA são importantes: representam 16,8% das exportações brasileiras de alumínio.A entidade também ressalta outro problema.
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