Lula só aceitará falar com o ditador venezuelano Nicolás Maduro se os governos de Colômbia e México também participarem da conversa, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta quarta (7).
Lula só aceitará falar com o ditador venezuelano Nicolás Maduro se os governos de Colômbia e México também participarem da conversa, afirmou o colunista Tales Faria nopara falar sobre as eleições na Venezuela. Há uma negociação diplomática para que Colômbia e México, que formam ao lado do Brasil uma articulação para a crise venezuelana, também façam parte desta reunião.
Já há gente falando no Planalto na possibilidade de se discutir anistias. Para Lula, será cada vez mais complicado estar nisso sozinho. Por isso, ele quer estar com Colômbia e México, conversar com ambos e garantir que não se tenha uma ditadura com nossa aprovação, seja ela de esquerda ou de direita. É um momento de muita complexidade.Não está confirmada essa conversa do Lula hoje, e nem sequer a com Edmundo , embora haja o desejo.
Lula não vai marcar nada sem ter uma participação do México e, sobretudo, da Colômbia. E muito menos sem haver um sinal com a oposição. Está certo; não é para marcar e tem que esticar um pouco a corda com Maduro para se procurar uma saída para essa situação. Do jeito que está, não há saída à vista.
A questão da Venezuela precisa ser pensada como uma linha do tempo. Hugo Chávez tomou o poder após uma série de regimes de direita, alguns deles ditatoriais. Naquele contexto, ele se tornou um aliado do Lula com promessas de democratização. Mas Chávez tinha um mal interno, que é a origem da esquerda ditatorial.
Hoje, o governo brasileiro entende que o regime do Maduro é, de fato, uma ditadura, diferentemente de como via com o Chávez. Daí os cuidados do Lula em conversar com Maduro e resolver isso.vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.
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