Um infectologista explica a transmissão do vírus, os sintomas e medidas de prevenção contra a virose que atingiu o litoral de São Paulo e Santa Catarina.
Um infectologista aponta que este tipo de vírus é comum em surtos de doença s gastrointestinais e é resistente. A transmissão geralmente ocorre por via fecal-oral e no verão a incidência de casos aumenta devido à aglomeração em praias e navios, onde pode haver falha no sistema de reciclagem da água, contaminando os tripulantes.
Com o surto de virose que atingiu o litoral de São Paulo e Santa Catarina, surgem dúvidas sobre a possibilidade de contaminação mesmo sem ter ido à praia, apenas em contato com pessoas das regiões afetadas. Como evitar a contaminação? O especialista destaca que pessoas contaminadas transmitem a doença antes de manifestarem sintomas como náusea, vômito, cólicas e diarreia. Com um ou dois dias de sintomas, não há mais transmissão. A higiene é crucial: lavar as mãos, objetos pessoais, o banheiro e, principalmente, o assento sanitário. A aglomeração em festas também contribui para o aumento de casos. Se uma pessoa contaminada manuseia alimentos ou come algo, pode contaminar outras. É essencial refrigerar os alimentos adequadamente e consumir água apenas de fontes seguras. Observar a higiene de lanchonetes e quiosques também é importante. Não consumir gelo, 'raspadinhas', 'sacolés', sucos e água mineral de procedência desconhecida. Ingerir água do mar sem querer pode causar contaminação, por isso, atenção à qualidade da água antes de se banhar. Praias também são sinalizadas com bandeiras de acordo com a qualidade. A Cetesb orienta a evitar o banho em praias com bandeira vermelha, indicando condições impróprias. Também não é recomendado o banho 24 horas após as chuvas. Os sintomas mais comuns são náusea, diarreia, vômito, febre e dor de cabeça. Em caso de contaminação, hidratar-se com água, sucos, isotônicos e água de coco, além de manter uma alimentação leve. A recomendação médica é tratar os sintomas em casa, com exceção de crianças muito pequenas e idosos, que podem apresentar complicações. Os sintomas duram cerca de três dias, pois a infecção é autolimitada e se cura sozinha. Grupos de risco, como gestantes, crianças pequenas e idosos, precisam ter cuidado especial e devem procurar acompanhamento médico
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