A foto dele foi retirada de redes sociais e incluída no álbum de suspeitos, pois a aparência era compatível com a descrição das vítimas. Sem histórico criminal anterior, o homem passou a ser reconhecido e, hoje, já soma acusações em 62 ações. NoArNaCBN
Fachada do Superior Tribunal de Justiça , em Brasília. Foto: Marcello Casal Jr. / Agência BrasilO Superior Tribunal de Justiça vai julgar, nos próximos dias, o caso de um porteiro acusado em 62 processos apenas com base em reconhecimento fotográfico. O Paulo Alberto da Silva, que trabalha em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, nunca havia sido preso ou acusado de qualquer crime.
Em uma dessas ações, o porteiro, que é negro e está preso, foi condenado em primeira instância a seis anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado. O Tribunal de Justiça do Rio negou o recurso da defesa e, atendendo a um pedido do Ministério Público, ainda aumentou a pena para oito anos. O Instituto de Defesa do Direito de Defesa, que também atua em favor do réu, afirma que esse episódio expõe uma maneira inaceitável de "investigar", uma não-atuação policial que geralmente produz injustiças.
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STJ vai julgar caso de porteiro acusado em 62 processos só com base em reconhecimento fotográficoA história se deu da seguinte forma: de acordo com informações do STJ, esse porteiro que trabalha em um prédio, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense nunca havia sido preso ou acusado de qualquer crime. Ele, no entanto, começou a ser reconhecido por vítimas de roubo e, hoje, já soma acusações em 62 ações penais. Na origem de todas as acusações está o seu reconhecimento por meio de fotos, retiradas de redes sociais e incluídas no álbum e no mural de suspeitos da Delegacia de Belford Roxo, pois sua aparência física era compatível com a descrição apresentada por vítimas de crimes.
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