O Supremo Tribunal Federal (STF) começará a julgar este semestre os denunciados por financiamento dos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 63 pessoas. As investigações se concentraram em quatro núcleos: os executores, os financiadores, os autores intelectuais e as autoridades públicas envolvidas.
O Supremo Tribunal Federal ( STF ) iniciará, neste semestre, o julgamento de pessoas acusadas de financiamento dos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023. A Procuradoria-Geral da República ( PGR ) apresentou denúncias contra 63 indivíduos por financiarem os atos nos últimos dois anos. As investigações se concentraram em quatro núcleos: os executores, os financiadores, os autores intelectuais e as autoridades públicas envolvidas.
Assim como a investigação foi dividida em grupos, o julgamento no STF também ocorrerá por núcleos, com prioridade para os acusados de executação dos atos. O STF já condenou 371 pessoas das mais de 2 mil investigadas por participação nos ataques aos prédios dos Três Poderes. Outras 527 indivíduos admitiram a prática de crimes menos graves e firmaram acordos com a PGR para evitarem o processo.Segundo a PGR, os responsáveis pelo financiamento dos atos antidemocráticos arcaram com custos como combustível, passagens e fretaram ônibus para transportar pessoas de diferentes estados em direção a Brasília. Além de financiar os deslocamentos, alguns denunciados participaram ativamente de grupos de mensagens com teor golpista, buscando incitar a população e as Forças Armadas a contestar o resultado das eleições de 2022 e destituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A primeira denúncia da PGR contra um suspeito de financiar os atos foi apresentada em dezembro de 2023. A denúncia relata que o empresário Pedro Luis Kurunczi, de Londrina (PR), investiu R$ 59,2 mil na fretação de quatro ônibus para transportar 108 pessoas a Brasília, além de ter participado da organização e recrutamento de pessoas para os atos. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (27), em entrevista ao programa Roda Viva, que os investigadores da instituição não identificaram megafinanciadores dos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele ressaltou que a investigação não encontrou evidências de um ou dois grandes financiadores com milhões de reais para financiar o golpe de Estado. Apesar de negar a existência de grandes patrocinadores, Andrei Rodrigues afirmou que havia um “financiamento disperso” por trás dos atos, e que os financiadores foram responsabilizados. A maioria dos condenados pelo STF, 225, teve suas ações classificadas como graves. As penas para esses réus variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão. Os crimes pelos quais foram condenados são cinco: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público. Outras 146 pessoas foram condenadas por incitação e associação criminosa, considerados crimes simples. De acordo com o STF, essas pessoas não foram presas, mas devem usar tornozeleira eletrônica por um ano, pagar multa, prestar 225 horas de serviços à comunidade e participar de um curso presencial sobre democracia. Além disso, estão proibidas de usar redes sociais nesse período e de viajar, mesmo dentro do Brasil, sem autorização judicial. Ainda de acordo com o relatório, cinco pessoas foram absolvidas das acusações
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